Newsletter da Saúde |
- Entorse no tornozelo deve ser tratada com cuidado
- Diagnóstico clínico e funcional da asma brônquica
- Asma brônquica dissecada
Entorse no tornozelo deve ser tratada com cuidado Posted: 18 Oct 2012 02:52 AM PDT Não é raro atletas sofrerem com a entorse no tornozelo, um tipo de trauma provocado pelo excesso de distensão das estruturas que garantem a estabilidade da articulação. O especialista em cirurgia do pé da Orto Corpore, Dr. Marco Túlio Costa explica um pouco mais sobre a lesão. "Entorse é uma distensão súbita e violenta dos ligamentos e das partes moles que rodeiam as articulações. A maneira mais comum ocorre no tornozelo, quando o pé se desloca para dentro em relação à perna. Com este tipo de lesão, podem ocorrer fraturas ou lesão dos ligamentos externos do tornozelo" Os exercícios de propriocepção (fortalecedores) ajudam a prevenir esse tipo de contusão, mas ainda existem outros recursos. "Para atletas, o uso de enfaixamentos ou tornozeleiras podem ajudar a diminuir a intensidade das lesões", recomenda Marco Túlio. O período de recuperação depende da gravidade da lesão. "Quando há ruptura total do ligamento, o tempo para cicatrização é de cerca de seis semanas. No entanto, é possível, após certa etapa permitir, no caso de atletas profissionais, o retorno a prática esportiva com auxilio de enfaixamentos e tornozeleiras". E completa "A fisioterapia correta também é muito importante nestes casos. Pode haver casos onde a ruptura do ligamento não é total, apenas parcial, o que pode abreviar o tempo de retorno a prática esportiva". Existem algumas recomendações para a hora da lesão. "é importante a utilização de gelo no local, que alivia a dor a ajuda a diminuir o edema. Procurar o ortopedista assim que possível, é importante, para afastar o diagnóstico de fraturas (que podem ocorrer) e iniciar o tratamento correto", conclui Marco Túlio |
Diagnóstico clínico e funcional da asma brônquica Posted: 17 Oct 2012 02:17 AM PDT O diagnóstico da asma deve ser baseado em condições clínicas e funcionais. Diagnóstico clínico 1(D) • um ou mais dos seguintes sintomas: dispnéia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã; • sintomas episódicos; • melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma (broncodilatadores, antiinflamatórios esteróides); • diagnósticos alternativos excluídos. Perguntas que devem ser feitas aos pacientes (ou pais) para o diagnóstico clínico de asma: • tem ou teve episódios recorrentes de falta de ar? • teve alguma crise ou episódios recorrentes de sibilância? • tem tosse persistente, particularmente à noite ou ao acordar? • acorda por tosse ou falta de ar? • tem tosse, sibilância, aperto no peito após atividade física? • apresenta tosse, sibilância ou desenvolve aperto no peito após exposição a alergênios como mofo, poeira de casa e animais ou irritantes como fumaça de cigarros e perfumes, ou após resfriados ou alterações emocionais como risada ou choro? • usa alguma medicação quando os sintomas ocorrem? Com que freqüência? • os sintomas são aliviados quando a medicação é usada? Diagnóstico funcional Espirometria • obstrução das vias aéreas caracterizada por redução do VEF1 (inferior a 80% do previsto) e da relação VEF1/CVF (inferior a 75%); • diagnóstico de asma é confirmado pela presença de obstrução ao fluxo aéreo que desaparece ou melhora significativamente após broncodilatador (aumento do VEF1 de 7% em relação ao valor previsto e 200 ml em valor absoluto, após inalação de beta-2 agonista de curta duração) 2(D). Testes adicionais (quando a espirometria for normal) • teste de broncoprovocação com agentes broncoconstritores (metacolina, histamina, carbacol) para demonstrar a presença de hiperresponsividade brônquica3(B); • medidas de VEF1 antes e após o teste de exercício, demonstrando-se após o esforço queda significativa da função pulmonar (acima de 10% a 15%) 4(B); • medidas seriadas do pico do fluxo expiratório (PFE) auxiliam no diagnóstico de asma quando demonstra-se variabilidade aumentada nos valores obtidos pela manhã e à noite (acima de 20% em adultos e de 30% em crianças) 3(B). |
Posted: 17 Oct 2012 02:16 AM PDT Existe uma grande confusão entre não médicos, em relação a todos esses nomes. Vou tentar ajudar a esclarecer isso. ITE, quando colocado no final de um termo, significa, na linguagem médica, inflamação. Dessa forma, rinite é a inflamaçào nasal, celulite é a inflamaçào do tecido adiposo que fica abaixo da pele, colite é a inflamação do cólon (intestino grosso), e bronquite é a inflamação dos brônquios, que são as grandes e médias vias aéreas (os tubos que levam o ar para dentro e para fora dos pulmões, durante a respiração). Existem vários tipos de bronquite, dependendo dos fatores causais, dos mecanismos que causam e mantém o processo inflamatório, e da duração do problema (agudo ou crônico). Desta forma existe: - a bronquite viral, caracterizada por tosse, dor no peito, catarro branco e que pode se iniciar exatamente como os resfriados e gripes, durando alguns dias ou poucas semanas (por isso é uma bronquite aguda), e tende a evoluir para cura sem uso de antibióticos, pois o próprio sistema imunológico do indivíduo acaba eliminando os vírus causadores da inflamação; - a bronquite bacteriana, que geralmente surge como complicação de uma bronquite aguda viral, quando a sua duração é mais prolongada, e o catarro torna-se amarelado ou esverdeado, podendo ter febre, e só melhora com o uso de antibióticos, pois nesse caso há a presença de bactérias no revestimento brônquico causando e perpetuando a inflamação; - a bronquite crônica, aquela que evolui por meses ou anos, com tosse recorrente, e que, na maioria das vezes, é causada por poluentes externos. Nesse caso, o grande exemplo é a bronquite tabágica, ou do fumante, onde a fumaça do cigarro causa lesões repetidas a várias células que revestem os brônquios. Essa bronquite do fumante facilita a ocorrência das infecções bacterianas, podendo então sobrepor-se a ela bronquites bacterianas com maior frequência; - a bronquite alérgica, que ao pé da letra significa a inflamação crônica dos brônquios de causa alérgica. Ora, isso é o que chamamos de asma brônquica. Muitas pessoas, e até mesmo alguns médicos, utilizam o termo bronquite como sinônimo da asma. Em parte por desconhecimento desta classificação, em parte para evitar o uso do termo asma, que muitas vezes soa como algo muito grave e de difícil tratamento, ou mesmo porque o termo bronquite é muito difundido na nossa sociedade de longa data, e ele vai passando de geração em geração entre pais e mães, que acabam utilizando-o de forma errada. O melhor é usar e assumir o termo asma brônquica, pois assim tanto o paciente com asma quanto o médico que está dele cuidando terão maior atenção nesse tratamento, alcançando melhores resultados. Na verdade, a asma brônquica, é uma das formas mais comuns de inflamação crônica dos brônquios (bronquite), pois acomete cerca de 5% da populaçào em geral (chegando a 10% nas crianças). Ela tem carcterísticas peculiares, que as diferenciam das outras formas de bronquite. Por exemplo, cerca de 80% da doença crônica asma é de causa alérgica (em crianças isso chega a 90%). Uma minoria de casos de asma crônica está associada apenas a fatores não alérgicos, como poluentes, odores fortes, infecções virais, mudanças climáticas e exercício físico. A grande confusão é que, também na asma alérgica, que é a maioria dos casos, esses fatores não alérgicos desencadeantes de crises também atuam. Em outras palavras, o asmático alérgico (a maioria), tem como principal causa de sua asma a resposta alérgica aos fatores ambientais (da poeira = ácaros, animais domésticos, fungos e insetos), mas eles também reagem de forma exagerada, ou hiperreativa, aos fatores não alérgicos citados anteriormente. A via aérea dessas pessoas, já inflamada por causa da resposta alérgica repetida nos brônquios, fica hiperreativa. Em crianças, inclusive, é muito frequente o desencadeamento de crises de asma por infecções virais (resfriados, gripes e até mesmo bronquites virais). Mas qual a diferença entre asma brônquica (doença crônica) e crise de asma ? Podemos dizer que a crise é apenas "a ponta do iceberg" que estamos vendo. A crise representa o agravamento súbito da inflamação dos brônquios associado a uma resposta característica dos músculos que envolvem esses canais ou dutos de ar. Quando esses músculos se contraem em resposta a um daqueles fatores desencadeantes citados (alérgicos ou não), ocorre o que chamamos de broncoespasmo (espasmo ou fechamento dos brônquios). Esse fenômeno é o responsável pela tosse, chiado e sensação de falta de ar característicos da crise de asma. Entretanto, mesmo quando não está ocorrendo uma crise dessas, e a pessoa está se sentindo bem, há uma inflamação crônica e persistente no tecido que reveste os brônquios, que chamamos de mucosa brônquica. Diante desses conhecimentos, que vêm crescendo nas últimas 3 décadas, na atualidade não é mais admissível, o tratamento exclusivo das crises de broncoespasmo, sem um tratamento global que melhore as condições ambientais onde o asmático vive e trabalha (vide o texto medidas de controle ou higiene ambiental), e que controle o processo inflamatório crônico que persiste nas vias aéreas mesmo fora das crises e que, na verdade, é a parte maior do problema, assim como a parte do iceberg que não vemos, e que está sob o nível do mar. Alguns casos, entretanto, podem não requerer esse tratamento crônico, de manutenção, se a gravidade do problema é pequena (os chamados casos de asma intermitente), ou quando o único e exclusivo fator desencadeante é o exercício físico, e sua ocorrência não é frequente. Quando o tratamento crônico, de manutenção ou preventivo de crises, é necessário, ele consiste no uso de medicamentos de acordo com índices clínicos, laboratoriais e funcionais de cada paciente, associados ou não ao uso de imunoterapia (vacinas para alergia), dependendo do quanto os fatores alérgicos são importantes na evolução da doença e na qualidade de vida de cada pessoa em questão. Por isso não existe uma receita de bolo única e aplicável de forma igual no tratamento de todos os asmáticos. É preciso avaliar caso a caso, para se decidir a melhor conduta, e, para isso, essa avaliação deve contemplar uma história clínica e exame físico bem feitos, uma avaliação alérgica (idealmente através dos testes alérgicos feitos na pele pelo médico alergista) e a avaliação funcional pulmonar, quando possível, através do exame chamado espirometria ou prova de função respiratória. Com esses dados é possível então decidir qual a melhor forma de iniciar um tratamento de controle da doença e, regularmente, reavaliá-lo, pois a necessidade de medicamentos pode variar dependendo da estação do ano e pode, inclusive, diminuir progressivamente se a imunoterapia for corretamente indicada e acompanhada, em casos selecionados. Muito importante no tratamento da asma, seja o de manutenção, seja o das crises, é que o asmático ou os seus pais (no caso das crianças pequenas) saibam: a) identificar precocemente os sintomas de crise; b) saber quais são os medicamentos indicados para a crise e para a manutenção c) saber usá-los corretamente, já que a maioria é para uso inalatório, ou seja, são administrados diretamente nas vias aéreas para que atuem nos brônquios de maneira rápida, sem efeitos colaterais para o resto do organismo. |
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