Newsletter da Saúde
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- Saiba se o fio dental deve ser passado antes ou depois da escovação
- Combinação de bebida alcoólica e exercícios físicos merece atenção
- Game ajuda a conscientizar jovens sobre os malefícios do tabaco
- Tratamentos pouco invasivos contra dores na coluna ganham espaço
Posted: 20 Oct 2012 06:16 AM PDT
Foto: Shutterstock
Há quem prefira passar o fio dental antes de escovar os dentes, outros passam depois da escovação, e há, ainda, aqueles que esquecem completamente dessa etapa da higiene bucal. O perigo é deixar acumular restos de alimentos entre os dentes, naqueles espaços tão apertados que só o fio dental consegue chegar. Para tirar dúvidas sobre esse poderoso aliado da boca saudável, a dentista Carla Moruzzi explica qual é a melhor forma de tirar proveito do fio dental.
O fio dental deve ser passado antes ou depois da escovação?
Há quem prefira utilizar o fio dental antes da escovação para não ter que escovar os dentes duas vezes. Isso porque sempre que passamos o fio dental deslocamos parte da sujeira, que precisa ser removida com a escova.
O fio deve ser usado todas as vezes que for escovar os dentes?
Sim, pois a escova não limpa entre os dentes. A limpeza com o fio dental é essencial para remover a placa e evitar problemas na gengiva.
Entre o fio dental e a escova interdental, o que é mais eficaz?
A escova interdental tem indicação específica. Normalmente, é utilizada em pacientes com próteses, perda óssea ou grandes espaços entre os dentes. Situações nas quais o fio dental não é tão eficiente.
Há um tipo de fio dental mais recomendado?
O melhor fio dental é aquele que o paciente melhor se adapta. Além da variação de sabores, as marcas apresentam produtos mais finos para pacientes com o contato entre os dentes mais justos.
Qual é o movimento correto para passar o fio dental?
Movimento de engraxate: faça movimentos fortes contra o dente de cima para baixo (arcada superior) e de baixo para cima (arcada inferior) segurando o fio dental firmemente e movendo-o para fora da gengiva.
Passo a passo
1. Corte um pedaço de, aproximadamente, 45 cm de fio dental e enrole as extremidades em torno dos dedos.
2. Segure o fio entre o polegar e o dedo indicador. Deixe cerca de 2 cm de fio dental tensionado entre as mãos.
3. Passe o fio dental entre os dentes. Quando chegar a linha da gengiva, faça uma curva em forma de "C" ao redor do dente, certificando-se de chegar abaixo da linha da gengiva.
4. Faça movimentos de engraxate, deslizando o fio de cima para baixo - na arcada superior - e de baixo para cima - na arcada inferior. Repita várias vezes, entre cada dente, incluindo os dentes do fundo.
É normal que as gengivas sangrem no início do uso do fio dental. Mas depois da primeira semana, o sangramento deve parar. Caso isso não ocorra, procure um dentista.
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Posted: 20 Oct 2012 06:14 AM PDT
Além da admiração que tenho pela psiquiatria - em especial a área de dependência química -, desenvolvi, ao longo do tempo, um interesse especial pela prática de exercícios físicos. Há sete anos descobri na corrida uma opção prazerosa para manter-me em forma e ter uma vida mais saudável. Já participei de diversos tipos de provas - simples e mais complexas - como meia maratona, maratona e, no ano passado, completei minha primeira prova do Ironman (modalidade de triatlon de longas distâncias).
Não foram poucas as situações em que notei atletas se reunirem após as provas para consumirem bebidas alcoólicas, em especial a cerveja, para se refrescar e também se reidratar. Contudo, a realidade é que o álcool inibe a liberação do hormônio antidiurético (ou vasopressina), resultando na diminuição da reabsorção de água pelos rins e, consequentemente, no aumento da produção de urina - que, diferente do que estes atletas acreditam, pode provocar a desidratação.
Muitas pessoas me perguntam sobre as possíveis consequências (negativas ou positivas) do consumo de bebidas alcoólicas após exercícios físicos.
Alguns estudos apontam que, mesmo em pequenas quantidades, o álcool pode potencializar a gravidade das perdas musculares para atletas que sofreram lesões nos músculos. No entanto, outros pesquisadores constataram que essa substância pode agir diretamente na produção da principal reserva energética do organismo (encontrada principalmente nos músculos), o glicogênio - que poderia ser benéfico para os atletas.
Sabe-se também que exercícios de alta intensidade, como as maratonas, aumentam significativamente a incidência de inflamação e disfunções imunológicas e que algumas substâncias naturais com potentes propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, conhecidas como polifenóis, estão presentes em quantidades significativas nos componentes não alcoólicos da cerveja. Frente a isto, um estudo recentemente publicado na revista científica Medicine and Science in Sports and Exercise avaliou o papel da cerveja sem álcool na redução do processo inflamatório agudo e a incidência de doenças no trato respiratório superior em corredores de maratona.
"O álcool inibe a liberação do hormônio antidiurético, resultando na diminuição da reabsorção de água pelos rins e, consequentemente, no aumento da produção de urina - que pode provocar a desidratação"
O estudo contou com a participação de mais de 200 atletas inscritos na Maratona de Berlim de 2009. Eles foram separados em dois grupos com características semelhantes (idade, condições de saúde, entre outros fatores), sendo que todos ingeriram de 1 a 1,5 litros de cerveja sem álcool por dia, três semanas antes e uma semana depois da prova. O único diferencial foi que os participantes de um dos grupos (grupo A) ingeriram cerveja sem álcool normal e o outro grupo (grupo B) ingeriu praticamente a mesma bebida, porém sem a presença de polifenóis.
Antes e depois da prova foram coletadas amostras de sangue para avaliar as concentrações da proteína interleucina 6 (IL6) e de leucócitos (ou glóbulos brancos, que fazem parte do sistema imunológico), sendo que ambos em quantidades elevadas representam um alerta de inflamação. Além disso, os corredores responderam um questionário para avaliar o grau de desconforto no trato respiratório superior (composto por nariz, boca, faringe, laringe e traqueia).
Os resultados apontaram que o grupo A (consumo de cerveja sem álcool) apresentou após a prova menores concentrações de IL6, de leucócitos no sangue e menos desconfortos respiratórios em comparação ao grupo B (cerveja sem álcool e sem polifenóis). Além disso, 12 dias depois da maratona, nenhum corredor do grupo A apresentou qualquer desconforto clinicamente relevante, ao contrário do grupo B.
Esses resultados sugerem que os polifenóis presentes na cerveja atuam na proteção e recuperação de processos inflamatórios em indivíduos submetidos ao exercício intenso de longa duração. Entretanto, é importante ressaltar que não houve diferença no tempo de conclusão da prova entre os dois grupos, sugerindo que apesar de os polifenóis serem eficientes no combate aos processos inflamatórios, não melhoram o rendimento físico.
Embora sejam dados extremamente interessantes, os participantes deste estudo ingeriram uma grande quantidade diária da bebida em um período muito longo. Diante disso, novos trabalhos deverão ser realizados para que se possa verificar se há uma relação de causa e efeito entre pequenas doses e a recuperação de processos inflamatórios causados pelo exercício.
Ademais, não posso deixar de enfatizar que as bebidas alcoólicas possuem propriedades inflamatórias, que prejudicam a disponibilidade de nutrientes e podem diminuir a secreção do hormônio do crescimento. Dessa forma, os resultados deste estudo provavelmente não seriam os mesmos com a ingestão de cerveja com álcool.
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Posted: 20 Oct 2012 06:02 AM PDT
Um game é o mais novo instrumento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para conscientizar os jovens sobre os malefícios do consumo de tabaco. O jogo Agentes da Saúde por um Mundo sem Tabaco, lançado nesta quinta-feira (18) pelo Inca, é ambientado na cidade e no campo e objetiva principalmente a faixa etária entre 10 e 14 anos.
Em nota, o órgão informou que o game aborda a fumicultura e os malefícios que a atividade acarreta ao meio ambiente e aos agricultores, enfatizando as doenças ocasionadas aos fumantes. Além disso, destaca a venda de cigarros com aromas e sabores em locais destinados ao público jovem.
O jogo é dividido em diversas fases. Os jogadores podem acompanhar a cadeia produtiva do tabaco, desde a plantação até a venda. Na primeira parte, são apresentadas as fases de produção no campo, com a participação dos agricultores. São abordadas as doenças causadas a esses trabalhadores e suas famílias devido ao cultivo do produto, apontando outras culturas que não prejudiquem a natureza e a população. Nas etapas seguintes, o jogador chega à cidade, onde poderá ajudar na distribuição de cartazes da campanha de prevenção do Inca pelas ruas.
O game foi desenvolvido em HTML 5,e é financiado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Ele ficará hospedado no site do Inca para todas as plataformas de acesso à internet.
O lançamento do jogo ocorreu no Museu da Vida, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que vai até domingo (21) em todo o país.
Durante a SNCT, o Inca, em parceria com a Fiocruz, abriu à visitação a mostra O Controle do Tabaco no Brasil: Uma Trajetória. A exposição apresenta 22 painéis fotográficos que retratam os esforços da saúde pública para combater o tabagismo, além das estratégias usadas pela indústria do tabaco para seduzir fumantes ao longo de décadas.
De acordo com o Inca, em 2011 o país gastou R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao consumo de cigarros. O valor foi 3,5 vezes maior que o imposto arrecadado pela Receita Federal com produtos derivados do tabaco, e corresponde a 30% de todo o orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
O instituto informou ainda que nos últimos dez anos, o tabaco matou 50 milhões de pessoas em todo o mundo. O consumo do cigarro é responsável por mais de 15% das mortes de homens adultos, e 7% das mortes de mulheres. No Brasil, um em cada cinco homens e uma em cada dez mulheres morrem por causa do tabagismo.
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Posted: 16 Oct 2012 03:14 AM PDT
Há muito mais entre os remédios e as cirurgias para tratar as dores nas costas, problema que, segundo pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública, atinge um terço dos brasileiros adultos. Os tratamentos pouco invasivos, feitos com agulhas ou incisões mínimas, estão ganhando espaço em consultórios e hospitais. Segundo o médico fisiatra João Amadera, entre os 300 pacientes atendidos no centro especializado em tratamento de coluna aberto no fim do ano passado no Hospital do Coração, só um foi encaminhado para cirurgia. Nos outros casos, fisioterapia e injeções de medicamentos diretamente no ponto de origem da dor bastam. Outra opção é a "queima" de nervos que podem ter tido um crescimento anormal e se tornam fonte de dor. Depois disso, o paciente pode ser encaminhado para fisioterapia. "O importante é quebrar o ciclo da dor e corrigir a postura", afirma Amadera.
Para ele, ainda é comum uma visão simplista das dores da coluna. "Parece que sempre é hérnia de disco ou dor muscular. Ou se opera ou faz fisioterapia. Mas há muitos estágios intermediários", afirma o médico, coordenador do centro de terapias minimamente invasivas da coluna do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Teixeira diz que o tratamento da dor na coluna deve ser escalonado: primeiro é preciso tentar as terapias conservadoras, como o uso de remédios e fisioterapia. Os procedimentos minimamente invasivos vêm depois e, em último caso, a cirurgia. No entanto, de acordo com o fisiatra João Amadera, muitos pacientes recebem indicação de cirurgia sem necessidade. "Menos de 5% das hérnias de disco precisam de cirurgia. Cerca de 90% são reabsorvidas sozinhas." O comerciante de tecidos Marcos Antonio Pereira de Barros, 51, escolheu a terapia minimamente invasiva para tratar dores causadas por uma hérnia de disco que o incomoda há oito anos. "Já tinha tentado de tudo. Ficava com dor depois de ficar sentado ou em pé por mais de dez minutos do mesmo jeito." Barros, que mora em Santa Cruz do Capibaribe (PE), se submeteu a duas sessões para receber injeções de medicamentos no HCor, em São Paulo. "O incômodo melhorou 85%. Estou fazendo pilates também." Luís Eduardo Munhoz da Rocha, presidente do Comitê de Coluna da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, afirma que os tratamentos pouco invasivos têm indicações pontuais, e o mais importante é mudar hábitos e fortalecer a musculatura que sustenta a coluna. "Hoje está muito em voga o minimamente invasivo. Nem tudo é resolvido assim." DÉBORA MISMETTI |
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