EDUCAÇÃO FÍSICA DO PROFESSOR WILLIAM PEREIRA

Este blog é a continuação de um anterior criado pelo Professor William( http://wilpersilva.blogspot.com/) que contém em seus arquivos uma infinidades de conteúdos que podem ser aproveitados para pesquisa e esta disponível na internet, como também outro Blog o 80 AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA (http://educacaofisica80aulas.blogspot.com/ ) que são conteúdos aplicados pelo Professor no seu cotidiano escolar.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Newsletter da Saúde


Newsletter da Saúde


Posted: 23 Nov 2011 10:24 PM PST
O que é ?
Espirometria é um exame habitualmente utilizado na investigação e acompanhamento de diversas doenças pulmonares. Este exame consiste na realização de medidas de fluxos e volumes pulmonares que são obtidos quando o paciente faz movimentos de inspiração (puxa o ar para dentro) e expiração (solta o ar) forçadas. Os "sopros" dados pelo paciente são interpretados pelo aparelho, que os transforma em valores numéricos e em gráficos, muito importantes para o médico avaliar a capacidade pulmonar de uma pessoa, e verificar se esta não apresenta sintomas ou se é portadora de alguma doença pulmonar.
Atualmente espirômetros portáteis podem ser acoplados a qualquer computador e realizar exames de excelente qualidade.

Resultados do exame
Os resultados obtidos são avaliados por um médico (pneumologista com experiência em fisiologia e fisiopatologia pulmonar) e podem revelar a causa de uma doença pulmonar e sua gravidade. No entanto, nem todos pacientes conseguem fazer adequadamente uma espirometria, e estima-se que até 15% dos exames realizados não devem ser aceitos pela dificuldade da pessoa de compreender os comandos do examinador ou de conseguir fazer os movimentos respiratórios da forma como é necessária para um exame correto. Isso ocorre por vários motivos, dentre eles, a presença de doença respiratória grave, doença neurológica ou muscular, ou até mesmo por simples falta de coordenação entre os comandos dados pelo técnico que conduz o exame e a atuação do paciente. Portanto, é necessário que o examinando estabeleça uma boa relação com o examinador e que diga se tem dificuldades pois, de outra forma, o exame deverá ser repetido caso "dê errado", o que pode ser desgastante.

Para que tipo de paciente é indicada a espirometria?
Pacientes com enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma brônquica, e outras doenças pulmonares crônicas (doenças intersticiais) devem realizar o exame não só para confirmação de seu diagnóstico, como também para acompanhamento da sua função respiratória e das mudanças ocorridas com a introdução de novos medicamentos ou alteração em suas doses.
Muitas vezes clínicos e especialistas solicitam o exame para investigar a causa da falta de ar em seus pacientes.
Em pacientes a serem submetidos a cirurgias (em especial nos que possuem doença pulmonar ou mesmo pacientes sem enfermidades respiratórias, mas que se submeterão a cirurgias do tórax) a avaliação da função pulmonar pré-operatória pode ajudar a prever o risco de complicações pulmonares após a cirurgia.
Fumantes crônicos (tabagistas) assintomáticos não precisam realizar regularmente esse exame, uma vez que devem parar de fumar não só pelo risco de desenvolvimento de doença pulmonar,mas também pelo elevado risco de infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico (derrame cerebral), e outras doenças vasculares. No entanto, a detecção de doença pulmonar em indivíduos assintomáticos pode ser fator determinante para sua conscientização e conseqüente interrupção do hábito de fumar.
 Fonte: Medscape


Posted: 23 Nov 2011 08:18 PM PST
http://i1236.photobucket.com/albums/ff443/chakalat/fisioimagens.gif

Mais uma seção do FisioImganes no ar, quase que exclusiva de quem mando fotos para o nosso email. Muito lega ver a fisioterapia do cotidiano!

Vamos as imagens?

 






Obrigada a Sheilla  pelo envio das fotos.

Obrigada Miriam pelo envio da foto

https://lh4.googleusercontent.com/-XeboVXiX2D4/SOIPoxMyopI/AAAAAAAAFwI/Jl1-G1Qybk8/s512/080924_035_G.jpg 

https://lh6.googleusercontent.com/-Z_6psKWBuAg/SR3fEyo5XFI/AAAAAAAAAGQ/ZFq63w2Wp9M/s640/PIC_0065.JPG 
https://lh6.googleusercontent.com/-xFHHs01rI4I/Tb76bMP_mqI/AAAAAAAAN-o/29KtMMumH-I/s690/encorpure%252520fisioterapia%252520e%252520pilates.jpg
Se você quiser ter suas fotos aqui, basta enviar para facafisioterapia@gmail.com




Posted: 23 Nov 2011 08:00 PM PST

http://fatordamoda.com.br/wp-content/uploads/2011/11/exercicios-fisicos-no-verao_480x270-300x168.jpg

Quem nunca se deparou com alguém praticando alguma atividade física com agasalho em plenos 30 graus, pessoas aconselhando caminhadas e exercícios abdominais com uma sacola plástica presa ao tronco, achando que dessa forma "perderão" a barriguinha, ou mesmo uma pessoa obesa correndo sem nenhum controle e pouca segurança? Todos nós já vimos algumas dessas situações, se é que não éramos os próprios executantes.


É de primordial importância levar em conta certas precauções
em relação ao verão/sol e a atividade física:

• Consultar um cardiologista e um ortopedista, para examinar a função do coração e assegurar a integridade óssea e articular, respectivamente, a fim de evitar eventos indesejáveis;

• Procurar um educador físico para orientar e prescrever as atividades físicas – ele montará um programa de atividades respeitando as individualidades biológicas e estará pronto a modifica-la sempre que houver necessidade;

• Exercitar-se nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde, quando o sol está mais fraco;

• Passar protetor solar nas partes do corpo que estarão mais expostas, principalmente no rosto – já está mais que comprovado que a exposição prolongada aos raios solares pode provocar até câncer de pele;

• Utilizar roupas leves e confortáveis – confere maior amplitude e suavidade ao movimento;

• Hidratar-se – não espere ficar com sede para tomar água ou isotônico, a sede já é sinal de desidratação, então ande com uma garrafinha e ingira o líquido periodicamente;

• Procurar lugares com boa ventilação – locais fechados, tais como salas, além das janelas devem ter ventiladores para garantir a circulação do ar, assim, evitando o abafamento.

Cada um dos itens relacionados acima é de extrema importância, pois, caso seja descartado pode trazer algum prejuízo ao praticante.




Posted: 23 Nov 2011 02:54 AM PST
Por: Vanessa Kelly Evangelista Nascimento 

1 INTRODUÇÃO

A Associação Internacional para o Estudo da Dor (1986) caracterizou dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável que é associada a lesões reais ou potenciais. A dor sempre é subjetiva e cada indivíduo aprende este termo por meio de experiências.

A lombalgia é um conjunto de manifestações dolorosas, que acomete o segmento lombar, lombosacral ou sacroilíaca, e pode manifestar-se com irradiação para membros inferiores. Freqüentemente a dor é responsável por grande parte da demanda aos serviços de saúde, envolvendo processos psicossociais, comportamentais e fisiopatológicos (ALMEIDA et.al. 2009; OCARINO et. al. 2009). As condições que podem desencadear uma dor lombar são inúmeras, incluindo acometimentos degenerativos ou traumáticos no disco intervertebral ou no corpo da vértebra, sobrecarga elevada nas atividades de trabalho, movimentação excessiva, fatores psicológicos, obesidade entre outras. Na gestação, há inúmeras mudanças biomecânicas no corpo feminino. A constante necessidade de adaptar a postura e compensar o seu centro de gravidade leva a mulher a criar mecanismos para manter a postura, e isso dependerá da força muscular, da mudança de posição e extensão da articulação que cada gestante possui (MOURA et. al. 2007; MANN et. al. 2008).

Além dessas adaptações necessárias, a  relaxina, um hormônio peptídico produzido pelo corpo lúteo, é liberado pelo terceiro mês de gravidez, e tem forte influência sobre as articulações, experimentando o aumento do movimento em toda a coluna vertebral e pelve (MARTINS et. al. 2005).

A etiologia e a patogênese das dores lombopélvicas são incertas. Uma das hipóteses é que o útero gravídico em crescimento e a hiperlordose lombar compensatória contribuem para um estresse mecânico na coluna lombar. No entanto, como nem todas as gestantes que apresentam queixas têm hiperlordose, parece haver outros fatores relacionados (LIMA et. al. 2009).

Com o objetivo de minimizar este incômodo lombar, com prévia liberação do médico, o terapeuta pode propor exercícios que darão ao corpo tônus muscular e flexibilidade adequada, além de promover relaxamento através de exercícios que trabalhem a respiração.

Sendo assim, este estudo teve como objetivo estimar a freqüência de dor lombar em mulheres grávidas e verificar se esta dor está associada ao período gestacional dessas mulheres.


2 MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal e foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde, em um programa de pré-natal na Cidade de Salvador-BA, através de uma amostra por conveniência, selecionando trinta gestantes de forma aleatória por ordem de chegada para o atendimento, tendo como critério de inclusão mulheres que freqüentaram regularmente o programa de pré-natal. Foram excluídas as gestantes que relataram uso de alguma medicação para a dor, ou que estavam em tratamento para a lombalgia. Esta Unidade Básica de Saúde foi escolhida por ter uma grande adesão por parte das gestantes ao programa e por esta comunidade ter um grande número de gestantes.

Foram coletados dados primários, através de formulários entregues as gestantes na sala de espera para atendimento ao programa de pré-natal e dados secundários através de prontuários disponíveis na Unidade Básica de Saúde. O período da coleta de dados ocorreu entre Setembro e Dezembro de 2010, sendo aplicado um formulário elaborado pelas autoras do projeto para estimar a freqüência de dor lombar em gestantes.

Toda a pesquisa foi explicada as pacientes, que aceitaram por livre e espontânea vontade assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, preenchendo as perguntas do formulário que continham variáveis do tipo: idade, sexo, idade gestacional, GPA, sente dor nas costas, em qual período gestacional a dor começou, o que faz piorar a dor lombar, recebeu orientação profissional para a prevenção da dor, teve informação sobre Fisioterapia para gestantes, entre outras. Foi utilizada a Escala Analógica Visual (EVA) como um dos itens do formulário aplicado na pesquisa.

A análise de dados foi realizada por meio de estatísticas descritivas (médias, freqüências e porcentagens) para representar sumariamente as variáveis dos bancos de dados. As informações foram armazenadas em um banco de dados no programa EXCEL, para posterior tabulação e análise, realizando a validação e correlação dos dados. Todas as variáveis foram analisadas descritivamente por meio de freqüências simples. As variáveis contínuas foram analisadas por medidas de tendência central e dispersão, e as variáveis categóricas como proporção. Para verificar a associação entre variáveis contínuas foi utilizada uma amostra por conveniência para uso descritivo dos resultados. Foram utilizados gráficos para melhor visualização e interpretação dos dados encontrados no estudo.

Este trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em pesquisa com seres humanos da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública-EBMSP, sendo aprovado sob o protocolo de nº 136/10. Os pacientes preencheram um termo de Consentimento Livre e Esclarecido declarando à livre e espontânea vontade de participar da pesquisa, sendo garantido o direito de não ser identificado e de ser mantido o caráter confidencial das informações.


3 RESULTADOS
A média de idade das 30 mulheres que participaram da pesquisa na Unidade Básica de Saúde de Salvador foi de 25 anos, onde 18 (60%) delas apresentaram nível Fundamental de Escolaridade e 16 (53%) eram donas de casa.

Entre as 30 gestantes entrevistadas, 26 (89%) referiram dor lombar durante a gestação, enquanto que 4 (11%) não relataram sentir dor lombar em nenhum período. Observou-se que para 22 (73%) gestantes a dor era referida como pontada, seguida de 3 (10%) de desconforto,3 ( 10%) de aperto e 2 (6%) em queimação. Além disso, 25 ( 83%) gestantes revelaram que a dor irradia para os glúteos, enquanto que 5 ( 16,6%) relataram que a dor irradiava para os membros inferiores.

Em relação ao período em que mais doía a região lombar, 16 ( 53%) delas relataram sentir mais dor durante a manhã, seguida da noite com 9(30%). Para 23 (76,6%) gestantes,  permanecer em uma má postura gerava enorme desconforto nessa região. Através da Escala Visual Analógica da Dor (EVA) podemos observar que para 20 ( 66.6%) gestantes a dor era moderada, 6 (20%) leve e para 4 ( 13,3%) era intensa.

Em acordo com as atuais pesquisas, 22 (73%) grávidas confirmaram que a dor lombar piorou com o avanço da gestação, e 20 ( 90%) afirmaram  nunca ter tido orientação para prevenir esta dor lombar.

Em relação ao período gestacional, a prevalência de dor lombar nas participantes desta pesquisa foi maior nas gestantes com até 24 semanas. 10 (38%) relataram ter dor lombar no 1º trimestre, 14 (54%) no 2º trimestre, e 2 (8%) no 3º trimestre. A amostra estudada englobou os três trimestres gestacionais, porém, no momento da aplicação do questionário, em relação a idade gestacional, 18( 60%) grávidas estavam no segundo trimestre, e 12 (40%) estavam no terceiro trimestre.

Foi perguntando as gestantes o que elas achavam que poderia melhorar essa dor. 11 (36,6%) acham que a terapia medicamentosa seria o ideal, 10 (33,3%) acreditam que uma massagem local aliviaria a dor enquanto que 9 (30%) não têm idéia do que fazer.

Em relação à história gestacional, das 27 mulheres que referiram dor lombar, 10 (33,33%) são multigestas, 8 (25,9%) primigestas, 7 (22,2%) secundigestas e 6 (18,5%) relataram aborto.

Confirmando as atuais pesquisas, 29 (96,6%) mulheres nunca ouviram falar em Fisioterapia para gestantes e seus benefícios para prevenir a dor lombar.


4 DISCUSSÃO
O presente estudo foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde de Salvador, com 30 gestantes que fazem parte do programa de pré-natal da referida Unidade. A prevalência de dor lombar das gestantes que fizeram parte deste estudo foi de 89%. Este resultado se assemelha a outros estudos feitos por Macedo et. al.(2009); Novaes et. al.(2006) no Brasil mostrando que a prevalência de dor lombar varia em torno de 48 a 85%. Porém Martins et. al. (2005) mostram um estudo feito na Suécia e nos países escandinavos em que há um monitoramento severo de prevenção e tratamento desses sintomas através do pré-natal, diminuindo este percentual em relação à dor lombar.

A lombalgia é um sintoma que leva a incapacidade, ao absenteísmo no trabalho e principalmente ao alto custo para o Serviço Público de Saúde. Sá et. al. (2009) mostram que geralmente a dor é responsável por parte significativa da demanda aos serviços Públicos de Saúde e constitui-se em um fenômeno multidimensional, que envolve processos psicossociais, comportamentais e fisiopatológicos.

A prevalência de 26 (89%) de dor lombar encontrada neste estudo foi considerada alta, já que as pacientes pesquisadas fazem parte de um programa de pré-natal de baixo risco e não vieram a relatar nenhuma condição patológica como obesidade, idade avançada ou hipertensão.

As trinta gestantes que fizeram parte dessa pesquisa já estavam com idade gestacional entre o segundo e o terceiro trimestre, porém prevaleceu o início do desconforto lombar ainda no 1º trimestre gestacional. Martins et. al. (2005) também relataram maior freqüência de dor lombar com até 12 semanas de gestação e diminuiu com o avanço da gravidez. Santa'na et. al. (2006) encontraram em seu estudo uma média de idade gestacional de 19 semanas, sendo que 17 (42,5%) estavam no 1º trimestre, 10 (25%) no 2º trimestre e 13 (32,5%) no 3º trimestre.

A infecção urinária neste estudo não teve associação com a dor na região lombar, pois 29(96%) gestantes não  relataram presença de infecção durante a gravidez.

Assim como nos estudos feitos por Mann et. al. (2008); Novaes et. al. (2006), a média de idade das gestantes entrevistadas revelou uma população jovem (média de 25 anos) e de baixa escolaridade 16 (53%). Em estudo feito por Trevisan et. al. (2002) na assistência pré-natal em uma Unidade Básica de Saúde em Caxias do Sul também pode observar que 66,4% das mães e 64,7% dos pais referiram ter o 1º grau incompleto. Quanto à ocupação materna, verificou-se que 72,1% não estavam no mercado de trabalho por serem donas de casa. No presente estudo, a prevalência de mães dona de casa foi de 16 (53%), seguida de 14 (47%) que trabalhavam de forma remunerada em outras funções.

O presente trabalho não fez nenhuma associação entre baixa escolaridade materna e assistência pré-natal. Entretanto, Trevisan et. al. (2002) puderam constatar que a baixa escolaridade materna interferiu de forma significativa na qualidade da assistência pré-natal, mostrando que a questão da saúde não está relacionada apenas com a disponibilidade dos serviços de saúde, mas está também diretamente ligada ao auto-cuidado da população, sendo influenciada pelo nível de instrução e escolaridade desta população.

Através da Escala Visual Analógica da dor (EVA), pode-se observar que para 20 (66,6%) gestantes a dor era moderada, 6 (20%) leve e para 4 (13,3%) era intensa. No estudo feito por Sant Anna et. al. (2006) com quarenta gestantes, 5(25%) classificaram a dor como fraca, 8 (40%) como moderada, 6 (30%) como forte e 1 (5%) classificou a dor como insuportável.

Em estudo feito por Di Conti et. al. (2003) a presença de desconfortos músculo-esqueléticos esteve presente tanto no grupo controle como no grupo estudo. Observou-se ainda no início do programa que o desconforto localizava-se na região lombo-sacra, podendo ser associado ao aumento de peso, ao aumento da curvatura lombar e pela liberação do hormônio relaxina para que ocorram as adaptações necessárias. Pôde-se verificar no atual estudo que para 25 (83%) gestantes a dor irradiava para os glúteos, para 5 (16,6%) a dor irradiava para os MMII.

Contudo, para Ostgaard et. al. (2006) não foi observado mudanças significativas na angulação da curvatura lombar das gestantes estudadas, mas observou também que o aumento abdominal poderia ser um risco biomecânico que favorecesse a dor lombar.

O Ministério da Saúde tem reforçado e salientado a importância da realização de atividades educativas durante todo o acompanhamento pré-natal das gestantes. Neste estudo, 29 (96.6%) nunca ouviram falar em Fisioterapia para gestantes e seus benefícios para prevenir a dor lombar, tornando um dado preocupante. Assim como, no estudo feito por Trevisan et. al. (2002) 57% negaram ter recebido informações de caráter educativo durante a gravidez.

Pitangui et. al. (2008) mostram que exercícios físicos, alongamentos e uma postura adequada podem prevenir os sintomas. Na análise deste artigo, as gestantes acreditavam que o medicamento 11 (36,6%) e massagem local 10 (33,3%) poderiam melhorar este sintoma. Depledge et. al. (2005) disseram um estudo experimental com exercícios específicos para o fortalecimento muscular associado a um cinto pélvico para que as gestantes realizassem exercícios que aumentassem a estabilização da cintura pélvica. O Fisioterapeuta demonstrava os exercícios e acompanhava as gestantes para verificar se elas estavam o executando corretamente. Ao final da intervenção os dois grupos, através do Questionário de Roland-Morris mostraram uma significativa melhora no desconforto lombar.

REBERTE, L; HOGA, L.(2005) realizaram um trabalho grupa com 8 gestantes em um Hospital Universitário de São Paulo, utilizando a abordagem corporal com o objetivo de identificar os desconfortos físicos e emocionais referidos pelas gestantes, e descrever os recursos que poderiam aliviar o desconforto. Foi utilizada a técnica de massagem e deslizamento, relaxamento e percepção corporal, balanceio de pelve, e, ao término das sessões, notou-se uma grande satisfação por parte das gestantes, relatando alívio físico e emocional no final da intervenção. Machado et. al. (2007) realizaram um relato de caso com uma paciente que foi submetida a sessões de Pilates por três vezes na semana, 1 hora por dia, com exercícios que ativavam a articulação da cintura pélvica; ativação de músculos específicos como: períneo, quadril, grande dorsal e adutores do quadril; alongamento global; fortalecimento muscular de MMSS e MMII, entre outros. Ao final a paciente relatou melhora no quadro álgico, mostrando que o Pilates é um método adequado para redução do quadro álgico lombar.

Martins et. al. (2005) fizeram um estudo com 69 gestantes em Uma Unidade Básica de Saúde na Cidade de Paulina, que relataram dor lombar e/ou dor pélvica posterior no momento da entrevista para avaliar e comparar a efetividade de exercícios de alongamento pelo método de streching global ativo (SGA) e orientação médica (ORI). Ao final o método de exercícios SGA proposto pelos Fisioterapeutas reduziu a intensidade da dor lombar e pélvica posterior, porém as orientações médicas recebidas pelo grupo ORI não foram efetivas para amenizar as dores das gestantes.

Outros tratamentos também são utilizados pelos Fisioterapeutas para aliviar este sintoma nas gestantes. Ajustes de postura, relaxamento muscular e acupuntura são alguns dos métodos utilizados em estudos para amenizar a dor lombar, trazendo importantes resultados.

Percebe-se que ainda falta uma divulgação maior e eficaz sobre a importância do Fisioterapeuta no acompanhamento dessas mulheres gestantes. A atuação na prevenção e no alívio dos sintomas precisam ser mais conhecidos e divulgados por outros profissionais de saúde que assistem diretamente as gestantes.

Sugere-se a importância do Fisioterapeuta na Unidade Básica de Saúde junto a uma equipe multidisciplinar que possa em parceria com o programa de pré-natal, prevenir e aliviar os sintomas dolorosos e posturais trazidos pela gestação.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A dor lombar é responsável por inúmeros casos de atendimento em emergências e ambulatórios e gera transtornos psicossociais e econômicos para a população acometida por este sintoma. A lombalgia é gerada por diversos fatores tais como obesidade, tipo de ocupação, gestação, idade entre outros. Estes fatores, atuando juntamente ao segmento que compõem a coluna lombar podem provocar diversos sinais e sintomas desencadeando até processos degenerativos (SÁ et.al. 2008).

A lombalgia na gestação interfere de forma significativa na vida das gestantes, altera todo o segmento corporal e gera limitações e desconfortos significativos. Caracteriza-se como um dos sintomas mais comuns entre a população mundial e chega a atingir 70% de prevalência em países industrializados, e nas gestantes a possibilidade de apresentar dor nas costas pode ser 14 vezes maior do que em mulheres não grávidas (NOVAES et.al. 2006).

A freqüência de 26(89%) de dor lombar nas gestantes dessa Unidade estudada mostra um problema enfrentado por muitas gestantes durante a gestação. A liberação de hormônios com a relaxina, e a intensa mudança física do corpo para o processo gestacional, desencadeia uma série de sintomas dolorosos, chegando a interferir de forma significativa nas atividades de vida diária de algumas gestantes.

Percebemos que há uma grande dificuldade dos profissionais de saúde em considerar os sintomas dolorosos com um desconforto, pois estes em sua maioria consideram a dor lombar como algo normal do processo fisiológico gestacional.

O atendimento a essas gestantes com dor, deve ser feito com o maior cuidado possível, e principalmente por profissionais capacitados e que entendam como funcionam todas as alterações vividas por uma gestante durante este período, para que não ofereça riscos à mãe e ao feto. O trabalho do Fisioterapeuta durante o período do pré-natal deve ser guiado no sentido de conscientizar a gestante quanto a sua postura, as modificações ocorridas com a gestação e desenvolver a potencialidade dos seus músculos para que se tornem firmes o suficiente para conviver com as exigências corporais extras que a gravidez e o parto irão exigir.

É necessário que mais estudos voltados para a dor lombar em gestantes sejam realizados, principalmente quanto à orientação, prevenção e intervenção quando necessários, visando manter e proporcionar uma melhor qualidade de vida a essas pacientes.


6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ALMEIDA, I. et.al. Prevalência de dor lombar crônica na população da Cidade de Salvador. Rev.Bras Ortop. Salvador, 43(3), p. 96-102, 2008.

2. DE CONTI, MH. et.al. Efeitos de Técnicas Fisioterápicas sobre os Desconfortos Músculo-Esqueléticos da Gestação. RBGO. São Paulo, v.25, n. 9, p.647-654, 2003.

3. DEPLEDGE, J. et.al. Management of Symphysis Pubis Dysfunction During Pregnancy Using Exercise and Pelvic Support Belts. Physical Therapy. New Zealand, v.85, n.12, p.1290-1300, 2005

4. GARSHASBI, A.; ZADEH,S. The effect of exercise on the intensity of low back pain in pregnant women. Internacional Journal of Gynecology and Obstetrics.Tehran, n.88, p. 271-275, 2005.

5. GEORGE, S. et.al. Development of a  Self-Report Measure of Fearful Activities for Patients With Low Back Pain: The fear of Daily Activities Questionare. Physical Therapy University of Florida, v.89, n.9,p. 969-979, 2009.

6. KOLL, J. et al. Exercise reduces sick leave in patients with non-acute low back pain: a meta-analysis. J Rehabil Med. P. 49-62, 2004.

7. LIMA, S; ANTONIO, S. Manifestações músculo-esqueléticas na gravidez. Temas de Reumatologia Clínica. São Paulo, v.10, n. 1, 2009.

8. MACEDO, C; BRIGANÓ, J. Terapia Manual e Cinesioterapia na dor, incapacidade e qualidade de vida de indivíduos com lombalgia. Rev. Espaço para a Saúde. Londrina-SP, v. 10, n.2, p. 1-6, 2009.

9. MACHADO, C. et.al. O método pilates na diminuição da dor lombar em gestantes. Saúde Brasil. Goiás, p.220-228, 2007. Disponível em: www.portalsaudebrasil.com. Acesso em: 20 Marco 2010.

10. MANN, L. et. al. Dor lombo-pélvica e exercício físico durante a gestação. Fisioter. Mov. Santa Maria-RS, 21(2), p. 99-105, 2008.

11. MARTINS, R; SILVA, JL. Tratamento da lombalgia e dor pélvica posterior na gestação por um método de exercícios. Rev. Bras. Ginecol Obstet. São Paulo, 27(5), p. 275-82, 2005.

12. MARTINS, S.; SILVA, J. Prevalência de dores nas costas na gestação. Ver. Assoc. Mec.Bras. Paulinia-SP, 51(3), p. 144-7, 2005

13. MONTEIRO, J; RIBEIRO, E. Acumpctura na dor lombar: há evidência?. Rev. Port. Clin Geral. Vila do Conde, n.26, p. 272-279, 2010.

14. MOURA, S. CAMPOS, R; MARIANI, S. Dor lombar gestacional: Impacto de um protocolo de Fisioterapia. Arq. Med. ABC. São Paulo, 32(2), p. 59-63, 2007.

15. NOVAES, F; SHIMO, A; LOPES, MH. Lombalgia na gestação. Rev.Lat-am Enfermagem. São Paulo, 14(4), p. 620-4, 2006.

16. OCARINO, JM. et al. Correlação entre um questionário de desempenho funcional e testes de capacidade física em pacientes com lombalgia. Rev.. Bras de Fis. São Carlos, v.13, n.4, p. 343-9, 2009.

17. OSTGAARD, HC.et al. Effects of acupuncture and stabilizing exercises as adjunct to standard treatment in pregnant women with pelvic girdle pain: randomized single blind controlled Trial. BMJ. Sweden. P. 761, 2005.

18. PITANGUI, AC; FERREIRA, C. Avaliação Fisioterapêutica e tratamento da lombalgia gestacional. Fisioter. Mov. Ribeirão Preto-SP, 21(2), p. 135-142, 2008.

19. REBERTE, L; HOGA, L. O desenvolvimento de um grupo de gestantes com a utilização da abordagem corporal. Texto Contexto de Enfermagem. São Paulo, 14(2), p. 186-192, 2005.

20. SÁ, K.et al. Prevalência de dor crônica e fatores associados na população de Salvador, Bahia. Rev. Saúde Pública. Salvador-BA. 43(4), P. 622-30, 2009.

21. SANTA'ANNA, P.et al. Caracterização da dor lombar em gestantes atendidas no Hospital Universitário de Brasília. Universitas: Ciências da Saúde. Braspilia, v.4, n.1/2, p. 37-48, 2006.

22. SERRUYA, S; CECATTI, JG; LAGO, T. O programa de Humanização no pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde no Brasil: resultados iniciais. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, 20(2), p. 1281-1289, 2004.

23. SILVA, M; FASSA, NA; VALE N. Dor lombar crônica em uma população adulta do Sul do Brasil: prevalência e fatores associados. Cad.Saúde Pública. Rio de Janeiro, 20(2), p. 285-377, 2004.

24. TREVISAN, MR.et al. Perfil da Assistência Pré-Natal entre Usuárias do Sistema Único de Saúde em Caxias do Sul. RBGO. Caxias do Sul-RS. V.24, n. 5, p. 293-299, 2002.


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Correspondência para AUTORA:

Vanessa Kelly Evangelista Nascimento - E-mail: kelnessa@hotmail.com




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