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Lombalgia é conjunto de sintomas, não uma doença Posted: 31 Oct 2011 10:45 PM PDT "A grande maioria das dores lombares é tratada, inicialmente, por repouso na fase aguda, anti-inflamatórios e técnicas de fisioterapia" A dor lombar representa o problema de saúde mais relatado aos médicos entre as pessoas de 20 a 50 anos de idade. Durante a vida, cerca de 80% das pessoas terão dores nas costas. As causas são diversas, mas o estilo de vida moderno, na maioria das vezes sedentário e impulsionado pelos computadores, contribui muito para que essas dores não sejam evitadas. De acordo com o Dr. João Luiz Pinheiro Franco, neurocirurgião especializado em doenças da coluna e autor do livro "Conceitos Avançados em Doença Degenerativa Discal Lombar", 80% das dores nas costas não têm uma causa específica. "Isto significa que a grande maioria das dores da coluna está relacionada ao que chamamos de discopatia degenerativa, ou seja, envelhecimento natural dos amortecedores intervertebrais ou os discos intervertebrais", adverte o médico. O especialista ressalta que apenas 20% das dores podem ter causas específicas como estenose do canal lombar, espondilolistese, tumor, infecção, fratura de coluna, entre outras. O termo lombalgia está relacionado a uma variedade de sintomas clínicos com diferentes evoluções no transcorrer do tempo. Evidentemente, as dores nas costas sem causas específicas podem ocorrer por conta de uma série de outras causas como lesão interna do disco, de origem dural, por artrite facetária, por estiramento ligamentar, por contratura muscular, etc. A grande maioria das dores lombares é tratada, inicialmente, por repouso na fase aguda, anti-inflamatórios e técnicas de fisioterapia. A presença de artrose ou discopatia no laudo de uma ressonância magnética não significa má qualidade de vida ou necessidade de cirurgia de coluna. "Dores que persistem por mais de três meses ou que estão associadas à perda de força nas pernas ou nos pés, ou mesmo, as dores do nervo ciático devem passar por uma avaliação médica criteriosa e especializada", recomenda. |
Fazer atividade física reduz o apetite. Será? Posted: 31 Oct 2011 09:48 PM PDT Um ponto a mais para a atividade física. Agora, soma-se aos benefícios que ela traz para a saúde do coração, ossos, músculos e pulmões, uma novidade. Três estudos – um deles brasileiro – mostraram que malhar não ajuda apenas a perder peso porque leva ao aumento do gasto calórico. Fazer exercício também tira a vontade de comer. Publicada em setembro na revista American Journal of Physiology, a pesquisa do grupo americano da Universidade do Colorado, em Denver, EUA, revelou que a atividade física não apenas reduz o apetite, mas leva à queima de gordura antes da queima de carboidratos. "Gastar a gordura primeiro e estocar o carboidrato para usá-lo depois diminui a chance de os quilos perdidos voltarem e minimiza o risco de as pessoas se empanturrarem de comida porque o cérebro passa a receber sinais de que o corpo está saciado", disse à SPORT LIFE o pesquisador Paul MacLean, autor do estudo. A maior parte das pessoas, diz o pesquisador, acha que ganhar peso é simples: basta que as calorias consumidas sejam maiores do que as gastas. "Olhando de perto, é um processo muito mais complexo do que isso", garante. Animais comem ou deixam de comer de acordo com os sinais biológicos que levam ao aumento ou à redução do apetite. "Só que no homem, os avisos que controlam o consumo de alimentos são muito mais fracos. O ser humano é levado a comer (ou não) muito mais por pressão psicossocial e ambiental. Depois de uma dieta, no entanto, esses sinalizadores metabólicos se tornam importantes, quer dizer, aqueles avisos se traduzem em fome o tempo todo, levando a pessoa a querer comer mais do que o corpo precisa. Ficar com fome depois de um regime muito restritivo é um dos motivos pelos quais as pessoas voltam a engordar. Boa parte delas não consegue ignorar essa pressão psicológica e é "biologicamente" levada a se jogar na comida depois de ter sofrido muito para perder alguns quilos. Por isso, a maior parte das pessoas volta a ganhar peso depois de um regime pesado", explica MacLean. Segundo ele, inúmeras pesquisas já mostraram que a grande maioria dos indivíduos que consegue manter o peso depois de uma dieta incluiu atividade física em seu dia a dia. EXERCÍCIO AERÓBIO X MUSCULAÇÃO Outro estudo, publicado na edição on-line da revista American Journal of Physiology-Regulatory, Integrative and Comparative Physiology, revelou algo ainda mais surpreendente: os exercícios aeróbios são melhores que os anaeróbios para a perda de peso porque eles mexem com os níveis de vários hormônios que controlam o apetite (leia mais sobre eles na pág. 36), como a grelina, que estimula a vontade de comer, e o peptídeo YY, que tira a fome. Os pesquisadores descobriram que uma sessão pesada de 60 min de exercício na esteira leva a grelina no sangue a cair, enquanto o peptídeo YY a subir. Uma sessão de 90 min de musculação, no entanto, não foi capaz de alterar os níveis do peptídeo na mesma intensidade. "Os dois tipos de exercício tiram o apetite de uma certa maneira, mas a atividade aeróbia, como correr a 70% da VO2 máx, é a que produz a maior supressão da fome. Caminhar ou andar em um ritmo elevado também não alteraram os hormônios do apetite", explicou à SPORT LIFE David Stensel, da Faculdade de Esporte, Exercício e Ciências da Saúde da Universidade Loughborough, Reino Unido. Para o pesquisador, ainda é cedo para especular por que isso acontece, mas ele já tem algumas hipóteses: "A musculação é um exercício anabólico por natureza, e o aumento do consumo de alimentos é necessário para fazer os músculos crescerem, por isso imaginamos que o apetite caia mais em uma atividade como a corrida. Para ser eficiente como corredor, um atleta tem de ter uma massa magra relativamente baixa, mas ainda estamos começando a aprender como isso funciona de fato." Um terceiro estudo, este brasileiro, apresentado na reunião da Fesbe, a Federação das Sociedades de Biologia Experimental, revelou que o exercício faz com que o corpo envie sinais ao cérebro para que ele coma menos. "Acreditava-se que a atividade física faz emagrecer porque o corpo gasta mais calorias do que consome. Estamos mostrando um outro aspecto: ela também faz com que a ingestão de calorias diminua", diz Eduardo Ropelle, pesquisador da Unicamp e do Instituto de Obesidade e Diabetes, em Campinas, SP. O trabalho de Ropelle envolve dois hormônios já bem conhecidos da ciência: a insulina e a leptina (leia mais sobre elas no quadro ao lado). São esses sinalizadores químicos que dizem ao cérebro quando parar de comer. De acordo com o pesquisador, a obesidade envolve um círculo comportamental: quanto mais se come, mais se quer comer. Ela também leva esses hormônios a perderem a capacidade de regular o apetite. Animais obesos submetidos a uma única sessão de atividade física intensa fez com que os sinalizadores voltassem aos níveis normais, e o efeito durou de 12 a 16 horas. OS HORMÔNIOS ANTI E PRÓ-APETITE O corpo fabrica vários hormônios que ajudam a regular o apetite e a saciedade. Os mais importantes deles são a grelina, descoberta pelos japoneses em 1999, e o PYY (peptídeo YY), descoberto mais ou menos 25 anos atrás. Eles atuam em uma região do cérebro chamada núcleo arqueado, por mecanismos que têm ações totalmente opostas, quer dizer, um estimula o apetite, o outro, a saciedade. Quanto o estômago está vazio, ele libera grelina. Ao estimular o centro da fome, ele manda ao corpo um sinal claro: está na hora de comer. Mas, à medida que enchemos o estômago de comida, ela começa a ser digerida e passa para o intestino, outro hormônio passa a agir: o PYY. É ele que estimula o centro da saciedade, enviando um sinal para que paremos de comer. Por que se costuma recomendar que as refeições sejam feitas devagar e que os alimentos sejam bem mastigados? A resposta é simples. O centro cerebral de saciedade leva mais tempo para ser ativado. É preciso dar um tempo até que o hormônio fabricado pelo intestino chegue até ele levando o sinal para pararmos de comer. Dois outros hormônios ajudam a controlar o peso a longo prazo: a insulina e a leptina. Produzida pelas células do pâncreas, a insulina - o hormônio envolvido no diabetes – inibe o apetite. Obesos têm menor sensibilidade à insulina, por isso, têm um apetite maior. Produzida pelas células gordurosas (tecido adiposo), a leptina estimula o centro de saciedade e avisa o cérebro como anda o estoque de gordura do corpo. Quando uma pessoa emagrece, as células de gordura diminuem de tamanho, cai a produção de leptina e a fome cresce. Fonte: Sport Life |
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