Um estudo realizado pelo Boston University School of Public Health (EUA) sugere que acrescentar uma caminhada leve à rotina pode melhorar a fertilidade de mulheres que estão tentando engravidar. O estudo incluiu cerca de 3.000 mulheres que estavam tentando engravidar e não faziam tratamento de fertilidade.
O nível de atividade foi medido através de um questionário único. Corrida, ginástica, natação e ciclismo foram considerados exercícios vigorosos, enquanto caminhada rápida, ciclismo de lazer, golfe e jardinagem foram considerados como exercícios moderados. Entre as conclusões:
- O exercício moderado foi associado com pequenas diminuições no tempo para engravidar;
- O exercício vigoroso não atrasou a concepção em mulheres que estavam com sobrepeso ou obesas;
- Engajar-se em cinco ou mais horas de exercício vigoroso por semana reduziu a probabilidade de engravidar, em um determinado mês, quase pela metade, entre as mulheres que tinham tentado, sem sucesso, engravidar por vários meses antes de entrar no estudo.
Além desses resultados, os pesquisadores observaram que mulheres com peso normal que faziam atividade física intensa, cinco ou mais horas por semana, tinham 42% menos probabilidade de engravidar em comparação com as mulheres que não faziam esses exercícios. Eles ficaram surpresos ao descobrir que mesmo quantidades relativamente pequenas de atividade vigorosa tinham impacto na fertilidade. Mas enfatizam que mais estudos devem ser feitos para entender essa correlação e recomendam que mulheres que estão acostumadas a fazer atividades intensas, como nadar e correr, e queiram engravidar, não mudem esse costume.
A conclusão da pesquisa é que, para as mulheres com sobrepeso e obesidade, qualquer exercício parece melhor do que nenhum. Estar acima do peso é um fator de risco para a infertilidade e os resultados sugerem que o exercício pode melhorar a fertilidade nestas mulheres.
Conheça os hábitos que comprometem a fertilidade da mulher
Alguns vilões da fertilidade estão mais perto do que imaginamos: tabagismo, sedentarismo, obesidade e estresse são apenas alguns dos fatores que atrapalham o sonho de ter um bebê. "Qualquer fator que altere o funcionamento normal do organismo da mulher pode provocar irregularidades reprodutivas, inclusive a poluição e o estresse", explica Renato Fraietta, urologista do setor de reprodução humana da Unifesp. Descubra os fatores mais comuns:
Poluição
Segundo o especialista da Unifesp, ainda não há comprovação científica sobre a interferência da poluição atmosférica na saúde feminina, o que não elimina a possibilidade de haver, de fato, uma relação próxima entre esses dois aspectos. Mas os especialistas dizem que a poluição pode alterar os níveis de hormônios femininos de modo a causar certo desequilíbrio, proporcionado um aumento na possibilidade de ocorrer infertilidade.
Ansiedade
Uma das principais armadilhas contra as futuras mamães é a ansiedade. Quanto maior a vontade de ser mãe, mais tensa pode ficar a mulher, que passa a criar expectativas, provocando um atraso maior na hora dos resultados.
Sobrepeso
Alterações de peso provocam desequilíbrio na produção de óvulos e até dificuldade de ovulação. Para Joji Ueno, especialista em reprodução humana, a obesidade traz conseqüências graves para quem tem dificuldades de engravidar porque causa doenças que impedem ou dificultam a reprodução.
Má alimentação
Uma dieta rica em legumes, frutas e verduras - além de cálcio e magnésio, que regulam os hormônios - evita os males da obesidade e ajuda a manter o corpo e a mente em equilíbrio.
Relógio biológico
Embora a ciência tenha desenvolvido diversos métodos eficazes de fertilização, a idade ainda é um ponto fraco para a maternidade. Muitas mulheres preferem ter filhos mais tarde, por motivos profissionais ou pessoais, mas o que elas não levam em conta é que, após os 35 anos, há uma queda na qualidade dos óvulos produzidos. Isso diminui muito as chances de engravidar.
Medicamentos só sob prescrição médica
Alguns tipos de medicamentos de uso contínuo podem causar má formação no feto. Converse com o seu médico sobre esses riscos. "Antidepressivos, antibióticos e quimioterápicos em geral podem causar alterações na ovulação, provocando infertilidade. Por isso, use medicamentos apenas sob prescrição médica", alertam os especialistas.
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