Newsletter da Saúde |
- Protocolo de expansão pulmonar e desobstrução brônquica em ventilação mecânica
- A musculação
- Fisiolinks 65
- Cuidadores de pessoas com deficiência precisam de exercícios para evitar dores na coluna
- Atividades físicas vigorosas na infância ajudam a formar ossos mais fortes
- Cadeira giratória é usada para diagnóstico de labirintite
Protocolo de expansão pulmonar e desobstrução brônquica em ventilação mecânica Posted: 12 Jul 2011 11:07 PM PDT Protocolo de expansão pulmonar e desobstrução brônquica em ventilação mecânica disponível no fim desta publicação. A manobra de hiperinsuflação pulmonar através da aplicação de pressão positiva, como recurso da fisioterapia, tem registro na literatura desde 1968, por Clement AJ, Hubsch SK. Chest Pysiotherapy by "bag squeezing" method: A guide to the technique. Physiotherapy, 1968; 54: 355-359, a sua finalidade era reverter as atelectasias, remover as secreções pulmonares acumuladas e melhorar a oxigenação arterial pré e pós-aspiração traqueal. Originalmente, esta manobra era realizada de forma manual, por meio de uma bolsa ressucitadora, tipo AMBU, acoplada ao paciente através de uma máscara facial, peça bucal ou um tubo endotraqueal, um volume de aproximadamente 1 litro com oxigênio puro era liberado a cada compressão da bolsa e as pressões nas vias aéreas ficavam entre 20 e 40 cm H2O. O princípio fisiológico do seu funcionamento consiste nas fases da tosse. Dois profissionais eram necessários para a realização deste procedimento, um, primeiramente, aplicava as hiperinsuflações pulmonares pela compressão da bolsa, média de 6 compressões lentas e consecutivas, seguidas de um pausa inspiratória e rápida liberação, o outro profissional, em seguida, realizava vibro-compressões manuais no tórax do paciente. Este método era denominado de "bag squeezing". As secreções mobilizadas para as vias aéreas centrais eram removidas por meio da aspiração traqueal ou tosse. Outros autores como, Windsor HM, Harrison GA, Nicholson TJ - "Bag squeezing method" a physiotherapeutic tecnique. Med J Aust, 1972; 2: 829-832, nos anos seguintes, propuseram novas formas de aplicação da técnica. L, Ellis E. Secretions clearance by manual hyperinflation: Possible mechanisms. Physiotherapy Theory and Practice 1998; 14: 189-197, os autores comentam que os efeitos fisiológicos da hiperinsuflação manual na restauração do volume pulmonar e o seu impacto na clearance de secreções estão bem documentados, porém ainda faltava uma explicação fisiológica dos efeitos sobre a eliminação do muco. Então, comparam a taxa de fluxo expiratório da hiperinsuflação manual com a tosse e concluiram que apesar do fluxo expiratório da hiperinsuflação manual ser menor, é possível promover clearance de secreções, desde que o fluxo expiratório seja maior que o inspiratório. "Bag squeezing method ou bagging" ficou bastante difundido no mundo, mas não havia uma padronização na forma de realização da técnica. Então, Maxwell L, Ellis E. The effect of circuit type, volume delivered and "rapid released": on flow rates during manual hyperinflation. Australian journal of Physiotherapy 2003; 49: 31-38 compararam o efeito de diversos tipos de circuitos, volumes e formas de realização da técnica sobre o fluxo expirado e a pressão nas vias aéreas. Os seus resultados mostraram que a descompressão brusca da bolsa no início da expiração promove um maior pico de fluxo expiratório independente do volume e do tipo de circuito utilizado. Denehy L. Use of manual hyperinflation in airways clearance. Eur Respir J, 1999; 14: 958-965 descreveu detalhadamente uma forma de realização da hiperinsuflação manual utilizando o AMBU, ela recomenda um volume igual ou maior que 50% do utilizado durante a ventilação mecânica, uma pausa inspiratória de 2 segundos e uma liberação rápida da compressão do AMBU, a expiração pode estar associada ou não à compressão torácica manual. Este método é aplicado principalmente nos pacientes com aumento na produção e acúmulo das secreções devido doenças pulmonares, prejuízo na clearance mucociliar pulmonar e dificuldade na expectoração por meio da tosse. A retenção das secreções pode provocar atelectasias, alterações na troca gasosa e aumento do trabalho respiratório e a conseqüência pode resultar em complicações orgânicas graves e até mesmo o óbito nos casos mais graves. Os efeitos terapêuticos deste método estão relacionados com o aumento do gradiente de pressão transpulmonar, através do aumento da pressão nas vias aéreas e com a ventilação colateral, que facilita a chegada do gás para as áreas colapsadas. A expansão do parênquima pulmonar resulta no aumento da pressão de recuo elástico alveolar, esta e a pressão decorrente da compressão torácica manual ou da contração dos músculos expiratórios durante a tosse, geram um alto fluxo gasoso expiratório que desobstrui e desloca proximalmente as secreções. Rothen HU, Sporre B, Engberg G, Wegenius G and Hendenstiema G. Re-expansion of atelectasis during general anaesthesia: A computed tomography study. British Journal of Anaesthesiology. 1993; 71: 788-795, verificaram, através da tomografia computadorizada, que nos pacientes cirúrgicos sem doenças pulmonares, durante a recuperação anestésica, a utilização de pressões inspiratórias de 40 cm H2O foram mais eficazes para recrutar alvéolos colapsados do que a duplicação do volume corrente do ventilador mecânico. Os pacientes dependentes de ventilação mecânica se beneficiam muito deste método, a presença da uma via aérea artificial endotraqueal além de comprometer a clearance mucociliar, também prejudica a tosse. O estudo realizado por Konrad F, Schreiber T, Brecht-Kraus D, Georgieff M. Mucociliary transport in ICU pacients. Chest, 1994 jan; 105: 237-241 demonstrou que a velocidade do transporte mucociliar cai bastante nos pacientes intubados e ventilados mecanicamente, em média de 10 mm Min -1, em adultos normais, para 0,8 a 1,4 mm Min -1, nos intubados e ventilados mecanicamente. Os gases inalados durante a ventilação mecânica dependem de uma umidificação e aquecimento adicinais, o controle para uma adequada umidificação no termoumidificador é bastante difícil e alguns fatores podem atrapalhar como: uma temperatura programada aquém do ideal e a falta de reposição de água no recipiente do umidificador. Os filtros HME (Heat and Moisture Exchangers - trocadores de calor e umidade) retém parte da umidade do gás exalado e nas condições normais garantem pelo menos 30 mg de vapor d'água por litro de gás, garantindo uma boa fluidificação das secreções. Nos pacientes hipotérmicos e desidratados este valor de umidificação não é atingido com os HMEs e com isso pode haver espessamento e formação de rolhas de secreções, a conseqüência é o surgimento de atelesctasia e comprometimento na troca gasosa e na complacência pulmonar. O contrário, uma hiperidratação, também pode ocorrer quando o ajuste da temperatura do termoumidificador está acima do ideal, isto geralmente resulta em aumento no volume e fluidez do muco pela adição excessiva de água, neste caso, há uma tendência ao deslocamento e acúmulo das secreções nas vias aéras periféricas. HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR COM O VENTILADOR MECÂNICO O primeiro estudo publicado sobre a utilização do respirador para a aplicação fisioterapêutica da pressão positiva foi o de Bott J, Keitty S, Noone l. Intermitent positive pressure breathing. A dying art? Physiotherapy, 1992; 78: 656-660, nele, os autores descrevem uma forma para aumentar o volume corrente dos pacientes com fraqueza muscular, porém as pressões inspiratórias eram menores e a forma de aplicação diferente da utilizada na hiperinsuflação manual. A manobra de hiperinsuflação pulmonar realizada com o ventilador mecânico, semelhante à realizada manualmente, foi primeiramente descrita por Berney S, Denehy L. A comparision of the effects of manual and ventilator hiperinflation on statics lung compliance and sputum production in intubated and ventilated intensive care patients. Physiotherapy Research International. 2002; 7:100-108, neste estudo, os autores comparam a hiperinsuflação manual, "bag squeezing method ou bagging" com a hiperinsuflação mecânica. Uma modificação dos parâmetros ventilatórios no respirador era realizada com o intuito de se elevar o volume corrente. A freqüência respiratória era ajustada para 6 cpm, o fluxo inspiratório para 20 L/min e uma pausa inspiratória de 2 segundos era mantida. O volume corrente era aumentado de 200 em 200 ml até que a pressão inspiratória atingisse 40 cm H2O. O resultado do estudo não mostrou diferenças significativas entre os dois métodos, ambos melhoraram a complacência estática pulmonar e mobilizaram quantidades semelhantes de secreção. Em outro estudo, The effect of physiotherapy on oxygen consumption and haemodynamics in patients who are critically ill. Aus J Physiother. 2003, 49: 99-105, os mesmos autores avaliaram os efeitos hemodinâmicos e o consumo de oxigênio (VO2) nos pacientes críticos estáveis submetidos à ventilação mecãnica, durante a aplicação de tratamento fisioterapêutico por meio da drenagem postural em trendelenburg de 35 a 45 graus em decúbito lateral, hiperinsuflação com o ventilador e aspiração traqueal. O resultado não evidenciou efeitos adversos significativos no VO2, no índice cardíaco e na pressão arterial média nestes pacientes. A mudança de decúbito e a aspiração traqueal tiveram maior influência, embora transitória, nestes dados. No estudo de revisão de Lemes DA e Guimarães FS. O uso da hiperinsuflação como recurso fisioterapêutico em unidade de terapia intensiva. RBTI. 2007: 19: 2: 222-225 os autores concluíram que apesar de existirem poucos estudos demonstrando a eficácia da hiperinsuflação por meio do ventilador mecânico como recurso fisioterapêutico, o seu uso parece ser uma alternativa mais segura em relação ao reanimador manual para a instituição da hiperinsuflação terpêutica em UTI, uma vez que o respirador permite maior controle sobre os parâmetros ventilatórios sem os efeitos deletérios da desconexão, além de oferecer maior conforto ao paciente. Este método também está descrito no livro, Fisioterapia em UTI - Volume I - Avaliação e Procedimentos / editores George Jerre Vieira Sarmento, Joaquim Minuzzo Vega e Newton Sergio Lopes. - São Paulo: Editora Atheneu 2006. (Série Clínicas Brasileiras de Medicina Intensiva), páginas: 162 a 166. Muitos pacientes em ventilação mecânica apresentam variados graus de LPA e dependem de alguma forma da PEEP para manterem uma troca gasosa aceitável. Uma retirada abrupta da pressão positiva, como é feita no método manual, pode resultar em colápso alveolar e hipoxemia arterial nos pacientes dependentes de PEEP (este efeito já foi descrito em diversos estudos científicos sobre VM em LPA / SDRA), principalmente se forem realizadas compressôes manuais no tórax destes paciente durante a exalação despressurizada. A possibilidade de monitorização (gráfica e analógica) dos parâmetros ventilatórios (Pmax, Ppt, PEEP, VC, FLUXO, I:E, FR...) e da medida da mecânica do SR na tela dos respiradores modernos e a possibilidade de preservação da PEEP por meio de um sistema fechado para aspiração traqueal das secreções elevam ainda mais a vantagem deste método sobre o manual. Em um recente estudo, pioneiro na avaliação dos efeitos da tosse manualmente assistida (compressão torácica manual) sobre a mecânica do SR dos pacientes em ventilação mecãnica total, Efeitos da tosse manualmente assistida sobre a mecânica do sistema respiratório de pacientes em suporte ventilatório total. ARTIGO ORIGINAL. Avena KM e cols. J Bras Pneumol. 2008; 34 (6): 380-386, os autores avaliaram a mecânica do SR e a saturação arterial periférica de oxigênio dos pacientes cirúrgicos, sem LPA, ventilados de forma controlada no modo volumétrico antes e após a aplicação da tosse manualmente assistida - TMA (compressão torácica manual) e da aspiração traqueal aberta. Os resultados mostraram uma redução estatisticamente significativa da pressão resistiva das vias aéreas e da resistência do SR pós-TMA e aspiração traqueal e um aumento significativo da SpO2 pós-TMA versus pós-aspiração e pré-TMA, não foram observadas mudanças significativas na Ppico, Ppt, Cdyn e Cstat nos momentos pré-TMA, pós-TMA e aspiração traqueal. Este artigo, para mim, é muito interessante porque ele trata de um assunto polêmico no âmbito científico e prático da fisioterapia respiratória, COMPRESSÃO TORÁCICA MANUAL ou TOSSE ASSISTIDA MANUAL. A controvérsia sobre o benefício desta técnica tem origem em alguns estudos como o de Unoki T, Kawasaki Y, Fugimo T, Yanagisawa Y, Ishimatsu S, et al. Effects of expiratory rib-cage compression on oxygenation, ventilation and airway-secretion removal in patients receiving mechanical ventilation. Respir Care. 2005; 50 (11): 1430-7, estes autores avaliaram os efeitos da compressão torácica durante a expiração no deslocamento das secreções, na oxigenação e na ventilação de 31 pacientes em VM, os seus resultados não mostraram diferenças quando comparados com o grupo controle. Os pacientes avaliados tinham comprometimentos pulmonares diversos e estavam em modalidades ventilatórias distintas (variando de VCV a PSV), isto pode ter influenciado os resultados. Muitos fisioterapeutas não utilizam esta técnica por entenderem que ela também pode resultar no desenvolvimento de atelectasias. Este argumento tem uma explicação fisiológica - redução do gradiente de pressão transpulmonar (Palv - Ppl) promovido pela compressão torácica durante a expiração. Um estudo piloto avaliou os efeitos desta técnica sobre a mecânica do SR (Cst, L) em saudáveis em ar ambiente por meio de um balão esofagiano e um pneumotacógrafo, os autores verificaram uma redução na complacência pulmonar pós-compressão. Entretanto, eles comentam que após algumas inspirações profundas esta redução na complacência pode ser revertida. Nos pacientes com disfunção muscular que tenham prejuízo na tosse (por ex.: doenças neuromusculares, TRM...), hipersecretivos e que ventilam sem pressão positiva é provável que a compressão expiratória gere colápso alveolar. Entretanto, durante a VM destes pacientes, este efeito adverso pode ser revertido pela aplicação da hiperinsuflação pulmonar (tema desta postagem), desta forma, obtém-se os efeitos desejados (deslocamento das secreções pela aceleração do fluxo expiratório durante a TMA e a sua eliminação por meio da aspiração das secreções) sem o prejuízo da atelectasia. Por fim, todos estes estudos apontam para uma boa segurança, praticidade e eficácia do método. Mas, antes de aplicá-lo, deveremos ter um bom conhecimento sobre as suas indicações e contra-indicações e durante a sua realização deveremos estar atentos à avaliação clínica e a monitorização dos equipamentos relacionados aos seus efeitos desejados e adversos. Respeitando estas normas, teremos nas mãos uma ferramenta bastante interessante para a realização das condutas expansiva e desobstrutiva dos pacientes submetidos à ventilação mecânica. PROTOCOLO DE EXPANSÃO PULMONAR E DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA PARA OS PACIENTES ADULTOS SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA. * Protocolo elaborado por Thaise Sanches, aluna do 8º período do curso de fisioterapia da UFRJ, acadêmica bolsista do CTI do HCPM / PMERJ. 1) Avaliar a necessidade de expansão pulmonar e desobstrução brônquica (através de radiografias, ausculta pulmonar e exame físico); 2) Avaliar riscos e contra-indicações do procedimento (instabilidade hemodinâmica, doença pulmonar bolhosa, hipertensão intracraniana, pneumotórax não drenado...); 3) Posicionar o paciente com o pulmão afetado em região não dependente ou em DD com cabeceira elevada (acometimento bilateral); 4) Analisar parâmetros do ventilador, de mecânica respiratória e de oxigenação, para posterior comparação de melhora; 5) Aspiração traqueal pré-expansão (vide protocolo abaixo - tipos de sistemas); 6) Trocar filtro HME, caso esteja obstruído ou muito úmido, e atentar para possíveis fatores que aumentem a resistência de vias aéreas (como por exemplo, ponta do "trachcare" introduzida no TOT ou TQT); 7) ALTERAR PARÂMETROS DO VENTILADOR PARA A EXPANSÃO: a. Em modo VCV - controlado: aumentar o volume corrente (VC), estipulando uma pressão inspiratória máxima (Ppico) de 40cmH20 (Pins + PEEP). Associar redução do PEAK FLOW, para aumentar o Tins (2 segundos) se necessário. Nos casos de contra-indicação ao aumento da Pmax priorizar a redução do PEAK FLOW para aumentar Tins; b. Em modo PCV - controlado: aumentar pressão inspiratória (Pins), estipulando uma Pressão máxima de 40cmH20 (PCV + PEEP), o Tins também pode ser aumentado (máximo de 2 segundos). No caso de pacientes com contra-indicação ao aumento pressórico priorizar o aumento do Tins sobre a PMAX; c. Em modo PSV: aumentar pressão de suporte (PS) estipulando uma Pmáxima de 40cmH20 (PS + PEEP), pode-se diminuir o percentual do fluxo para ciclagem para aumentar o Tins; d. Em modo PRVC: aumentar volume corrente (VC), estipulando uma Pmáxima de 40cmH20 (Pins + PEEP), o Tins pode também pode ser aumento (como no PCV); e. Em todos os modos pode-se modificar a PEEP. Na LPA ou SDRA com FiO2 e PEEP altas, não reduzir a PEEP. Nos casos com PEEPs baixas, alternar PEEP alta com baixa durante o procedimento, respeitar o limite da Pmax; f. Para os pacientes que assistem com regularidade a ventilação mandatória, podemos modificar o modo para PSV e em seguida instituir o protocolo; 8) Monitorar parâmetros hemodinâmicos (Pressão arterial, PAM, Freqüência cardíaca) e de oxigenação arterial (Saturação de pulso de oxigênio); 9) Retornar aos parâmetros prévios e comparar se houve melhora nestes; 10) Proceder nova conduta, se necessário, após a estabilização dos parâmentros ventilatórios, hemodinâmicos e conforto do paciente; PROTOCOLO DE ASPIRAÇÃO TRAQUEAL SISTEMA ABERTO: 1) Hiperventilar e oxigenar previamente (VC 50% maior que o basal e FiO2 a 100% durante 3 a 6 ciclos respiratórios - SpO2 > 98%); 2) Abrir o envólucro da sonda estéril (n°12 ou 14, mais adequadas para adultos) expondo primeiro a extremidade para conexão com o tubo de aspiração, encaixá-la no vácuo e abri-lo; 3) Calçar luva estéril na mão que irá manusear a sonda de aspiração, segurar a sonda e protegê-la de contaminações. Na mão livre pode-se utilizar luva de procedimento, pois esta manipulará estruturas contaminadas (TET, circuito, vácuo...); 4) Desconectar o paciente do circuito com a mão livre; 5) Introduzir a sonda no TET, com o vácuo ocluído e sem contaminá-la, até encontrar resistência ou o paciente começar a tossir; 6) Recuar a sonda 0,5 a 1,0 cm e liberar a oclusão do vácuo para realizar a aspiração com movimentos rotacionais retirando a sonda; 7) O tempo total do procedimento não deve ultrapassar 10 segundos; 8) Monitorar a saturação de pulso de oxigênio e ritmo cardíaco; 9) Reconectar o paciente ao circuito do respirador; PROTOCOLO DE ASPIRAÇÃO TRAQUEAL COM SISTEMA FECHADO "TRACHCARE": 1) Pode-se hiperventilar e oxigenar previamente (VC 50% maior que o basal e FiO2 a 100% durante 3 a 6 ciclos respiratórios - SpO2 > 98%), menor risco de hipoxemia com este sistema; 2) Introduzir o "trachcare" (ainda sem aspirar) até encontrar resistência ou paciente tossir; 3) Recuar 0,5 a 1,0 cm e iniciar a aspiração retirando o "trachcare". Referências Bibliográficas do protocolo: - R. Gosselink, J. Bott, M. Johnson, E. Dean, S. Nava, M. Norrenberg, B. Schönhofer, K. Stiller, H. van de Leur, J. L. Vincent; Intensive Care Med - Physiotherapy for adult patients with critical illness: recommendations of the European Respiratory Society and European Society of Intensive Care Medicine; Task Force on Physiotherapy for Critically Ill Patients; - Richard D Branson MSc RRT FAARC; - Secretion Management in the Mechanically Ventilated Patient; Respiratory Care, october 2007 VOL 52 N 10 - Mervyn Singer, Julia Vermaat, Gareth Hall, George Latter and Manesh Patel, - Hemodynamic Effects of Manual Hyperinflation in Critically Ill Mechanically Ventilated Patients; Chest 1994; 106; 1182-1187 - Daniela Aires Lemes, Fernando Silva Guimarães; - O Uso da Hiperinsuflação como Recurso Fisioterapêutico em Unidade de Terapia Intensiva; Revista Brasileira de Terapia Intensiva 221, Vol. 19 Nº 2, Abril-Junho, 2007 - SE Brown, DW Stansbury, EJ Merrill, GS Linden and RW Light; - Prevention of suctioning-related arterial oxygen desaturation. Comparison of off-ventilator and on-ventilator suctioning; Chest 1983;83;621-627 - Pedersen CM, Rosendahl-Nielsen M, Hjermind J and Egerod I. Endotracheal suctioning of the adult intubed patient - What is the evidence? Intensive and Critcal Care Nursing. 2008http://www.blogger.com/img/blank.gif - FARIAS, G.M.; FREIRE, I.L S.; RAMOS; C.S.. RN.- Aspiração endotraqueal: estudo em pacientes de uma unidade de urgência e terapia intensiva de um hospital da região metropolitana de Natal; Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 08, n. 01, p. 63 - 69, 2006 - III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica http://fisioterapiaemterapiaintensiva.blogspot.com/2008/09/hiperinsuflao-pulmonar-com-o-ventilador.html FONTE |
Posted: 12 Jul 2011 09:34 PM PDT Na América no início da década de 1840, o levantamento de pesos teve início como desporto para exibição. Por volta de 1880, a mensuração tornou-se comum, e suas práticas forma incorporadas às forças armadas e usadas em programas de educação física em muitos colégios e universidades. Por volta de metade do século XX, os exercícios de levantamento de pesos eram usados predominantemente por especialistas em cultura física, fisiculturistas, levantadores de peso competitivos, atletas para provas de campo e alguns lutadores. Entretanto a maioria dos outros atletas não o praticavam com medo de retardo de crescimento e perda de flexibilidade articular. Esse mito foi dissipado por uma pesquisa realizada no final dos anos 50, onde comprovou-se exatamente o inverso. Levantadores de peso demonstravam excepcional flexibilidade articular e sem limitações de movimentos em geral. Atualmente a musculação tornou-se um grande aliado na melhoria da qualidade de vida e para fins estéticos. O termo musculação refere-se aos métodos de treinamento e de preparação física, utilizados para o desenvolvimento das qualidades físicas relacionadas com estruturas musculares. (Tubino, 1984 Apud Novaes & Vianna, 2003) Como regra geral, o músculo trabalhado próximo de sua capacidade máxima de gerara força, aumentará sua potência. (Mc Ardle, 1996) A reposição não é feita em proporção igual à condição muscular anterior, mas se desenvolve acima desta condição. (WEINECK, 1999) De acordo com Volkov (1975), "as mudanças funcionais no corpo ocorrem somente quando a carga é suficiente para causar uma motivação considerável de energia e mudança plástica nas células relacionadas à síntese de novos tecidos." Na musculação há prevalência de desenvolvimento de dois aspectos que compõe a aptidão física, são eles: Força e resistência Muscular localizada (RML), dependendo do tipo de treinamento ao qual submete-se o indivíduo. As alterações no sistema anaeróbico são mais notáveis em indivíduos que praticam somente atividades musculação, ou que a tem como prioridade. Como toda atividade de potência conta com energia imediata provinda quase exclusivamente de ATP e CP, que englobam os fosfatos de alta energia dos músculos, que por sua vez são formadas por pequenas quantidades de ácido láctico, e a recuperação é rápida, assim sendo uma sessão subsequente de exercícios pode começar após um período de repouso de 30 segundos. A utilização de curtos intervalos de recuperação representa uma aplicação específica do treinamento intervalado para condicionamento anaeróbico. "A periodização na musculação é uma abordagem que divide um determinado período de treinamento (macrociclo) em ciclos menores de treinamento (mesociclo), que por sua vez são subdivididos em microciclos semanais". (McArdle,1996) Os benefícios da prática bem orientada dessa atividade são inúmeros, afetando positivamente aspectos que vão desde resultados fisiológicos até psicológicos e sociais. Segundo o profissional de educação física e personal trainer Éder Lima, a musculação proporciona aos seus praticantes os seguintes benefícios:
Principais Alterações no Sistema Anaeróbico _Aumento nos níveis dos substratos anaeróbicos em repouso para um aprimoramento de 28% na força muscular é acompanhado por aumentos significativos nos níveis musculares e repouso de ATP, CP, creatina livre e glicogênio. _Aumento na quantidade de enzimas-chave que controlam a fase anaeróbica do fracionamento de glicose. _Aumento na capacidade de gerar altos níveis de lactato sanguíneo durante exercício explosivo (tolerância à dor no exercício cansativo). |
Posted: 12 Jul 2011 08:19 PM PDT Avaliação da instabilidade do ombro Fraturas no pé Alterações respiratórias ocorridas no mal de parkison A corrente russa na estética Em defesa do piso salarial Fisioterapia pode reduzir o risco de depressão pós parto Artrite Reumatóide Descobrindo a Fisioterapia Neurofuncional Lesões no menisco no joelho Celulite e seus estágios Principais lesões no joelho Mitos da Fisioterapia: Exercícios de apertar a bolinha após um AVC Reabilitação Fisioterapeutica após esvaziamento cervical Equoterapia na Neurologia Próxima semana tem mais! Quer indicar algum link? Mande email para facafisioterapia@gmail.com |
Cuidadores de pessoas com deficiência precisam de exercícios para evitar dores na coluna Posted: 12 Jul 2011 12:35 AM PDT Os cuidadores que auxiliam as pessoas com deficiência física ou com dificuldades de locomoção nas tarefas do dia a dia precisam de cuidados especiais e não podem deixar de lado sua própria saúde. Por isso a Associação Brasileira de Distrofia Muscular (Abdim) possui um programa de atividade física para melhorar a qualidade de vida dos cuidadores das pessoas atendidas por seus serviços. Enquanto os pacientes realizam as terapias promovidas pela associação, os cuidadores fazem as aulas de exercícios físicos. Segundo Kauê Bistriche, professor da Abdim, cuidador é a quem auxilia a realizar as atividades da vida diária alguém que esteja incapacitado para tal. Pode ser um serviço remunerado ou não, muitas vezes os cuidadores são familiares, como pais e irmãos das pessoas com deficiência. Em alguns casos deve estar disponível em período integral, o que limita as atividades e lazer e o convívio social do cuidador. A maior queixa dos cuidadores é a dor nas costas na região lombar. Bistriche explica que o maior esforço físico do cuidador ocorre na hora de realizar a transferência da pessoa da cadeira para outro lugar (como cama, vaso sanitário etc.) e de volta para a cadeira. Em alguns casos a pessoa com deficiência não possui força e o peso é todo levantado pelo cuidador, causando dores lombares. Como a dificuldades de cada pessoa com deficiência são diferentes, o esforço de cada cuidador é diferente, por isso é importante uma análise individual do dia a dia do trabalho. Os cuidadores inexperientes geralmente sofrem lesões por falta de orientação e força para carregar o peso durante a transferência. Por muitas vezes não disporem de auxilio, eles criam estratégias para conseguir realizar os movimentos, mas acabam utilizando uma postura lesiva para o aparelho locomotor. No programa de auxilio aos cuidadores da Abdim, Bistriche avalia o histórico do cuidador, verificando lesões e doenças anteriores para adequar os exercícios. Mas ele comenta que é sempre importante realizar fortalecimento muscular, principalmente dos músculos posturais, e um trabalho de melhora da flexibilidade. A maior parte dos exercícios pode ser realizada em casa sem a ajuda de um profissional desde que o programa tenha sido elaborado por um profissional capacitado e o cuidador siga os exercícios à risca. Para diminuir os riscos de problemas de saúde, Bistriche explica que os cuidadores devem sempre pedir ajuda de outras pessoas quando for necessário, além de tentar manter sempre a coluna ereta quando for levantar peso e, se possível, utilizar-se de máquinas que auxiliam a transferência, como o guincho. Assim como qualquer pessoa, os cuidadores precisam cuidar de sua alimentação, mantendo uma dieta saudável, e dormir pelo menos oito horas por noite. Se você é um cuidador, Bistriche aconselha a fazer alguns exercícios simples em casa que podem auxiliar sua saúde, mas, se possível, procure um profissional de educação física que pode preparar um programa de exercícios especial para as demandas do seu trabalho. Os exercícios de alongamento são fáceis de serem realizados e a maioria pode ser feita em casa com materiais simples. Veja alguns exemplos de exercícios que podem ajudam a aliviar os problemas na coluna lombar. Além desses exercícios, é importante aumentar a força geral do cuidador e para isso é necessário o acompanhamento profissional. Para alongar a parte de trás das pernas as penas e as costas, sente-se no chão (pode utilizar um tapete ou colchonete) com as pernas estendidas e leve as mãos em direção aos pés com as costas retas, desça flexionando somente o quadril. Caso alcance os pés, continue o movimento o mais longe que conseguir chegar. Mantenha a posição por 30 segundo e volte à posição inicial. Para alongar as costas é feito no chão (pode utilizar um tapete ou colchonete). Ajoelhe e sente-se sobre os pés, então vá com as mãos para frente em direção ao chão, encostando a barriga nas coxas e tentando levas as mãos o mais pra frente possível. Olhe para o chão durante o exercício todo para impedir a hiperextensão do pescoço que pode gerar desconforto. Mantenha a posição por 30 segundos e volte à posição inicial. Outro exercício para as costas é feito deitado, de preferência no chão com colchonete ou tapete, mas pode ser realizado numa cama com colchão duro. Deite de barriga para cima e flexione as pernas sobre o tronco abraçando os joelhos. Mantenha a posição por 30 segundos e volte para posição inicial. |
Atividades físicas vigorosas na infância ajudam a formar ossos mais fortes Posted: 12 Jul 2011 12:23 AM PDT Crianças pequenas que realizam atividades físicas rigorosas têm ossos mais fortes, principalmente no quadril, apresentando menor risco de fraturas, segundo estudo apresentados nesta semana no Congresso Mundial sobre Osteoporose, na Itália. De acordo com especialistas das Universidades de Southhampton e de Cambridge, no Reino Unido, essas evidências apontam para a importância de se estabelecer uma estratégia de saúde pública que incentive a prática de atividades físicas desde cedo, como forma de prevenir o surgimento da osteoporose em idades mais avançadas. Utilizando tecnologias avançadas de imagem, os pesquisadores avaliaram a massa óssea, além a estrutura do colo do fêmur (quadril) e do osso da coxa, de mais de 200 crianças com seis anos de idade. Analisando os níveis de atividades físicas das crianças em sete dias consecutivos, os especialistas descobriram uma relação entre o tempo gasto em atividades vigorosas e a força no quadril, tanto em termos de formato quanto de densidade mineral volumétrica. E os resultados ocorriam independentemente de outros fatores, como dieta, estilo de vida e porte físico. "Esses resultados apoiam o argumento de que o aumento das atividades físicas na infância pode melhorar o desenvolvimento ósseo na infantil, e isso é, portanto, uma potencialmente importante estratégia de saúde pública para a prevenção da osteoporose na vida adulta", destacaram os autores. Indicações e dificuldades A prática de atividades físicas deve ser um hábito criado desde a infância, segundo especialistas. Entretanto, há muitas dificuldades em se adquirir esse hábito, pois muitas pessoas começam já adultas - isso porque, muitas vezes, pais e professores entendem ser errado crianças e pré-adolescentes iniciarem atividades físicas regulares, sobretudo em relação às oferecidas por academias, no processo de fortalecimento da musculatura e resistência. No entanto, hoje, profissionais da área discordam desse conceito e confirmam que as atividades devem ser muito mais que aquelas sugeridas pelas aulas de educação física nas escolas, que são jogos e atividades em grupo com o único objetivo de socializar e criar o espírito competitivo e valores éticos - também muito importantes para o processo de crescimento humano. "O mito que se criou sobre crianças não poderem praticar atividades físicas nas academias já está sendo derrubado. Na realidade, treinar desde jovem, se bem orientado em relação aos tipos de exercícios que se realizará na academia, só poderá trazer benefícios, pois o exercício com pesos estimula a liberação de hormônios importantíssimos para o desenvolvimento, como o hormônio do crescimento e os hormônios sexuais", afirma Daniel Kazu, especialista em fisiologia pela Escola Paulista de Medicina. Os especialistas destacam, porém, que as atividades físicas em academias devem ser iniciadas apenas em crianças maiores e sob coordenação de um profissional capacitado. Para os pequenos, o ideal é que os pais criem oportunidades para as crianças brincarem fora de casa regularmente, incentivando atividades que envolvam atividades físicas, como jogar bola, andar de bicicleta e correr. Fonte: Osteoporosis International. |
Cadeira giratória é usada para diagnóstico de labirintite Posted: 12 Jul 2011 12:18 AM PDT O Serviço de Otoneurologia do Hospital das Clínicas de São Paulo está usando uma cadeira computadorizada e giratória para fazer diagnósticos de transtornos do equilíbrio - popularmente chamados de labirintite. Trata-se de um equipamento de ponta, que custa cerca de US$ 100 mil, que foi doado ao Hospital das Clínicas para ser usado em estudos e pesquisas. O ambulatório de otoneurologia atende cerca de 300 pacientes por mês. Segundo o médico Marco Aurélio Buttino, diretor do serviço, ao sentar na cadeira o paciente veste óculos especiais que possuem câmeras e espelhos. Essas câmeras registram o movimento involuntário dos olhos enquanto imagens são projetadas em um telão e a cadeira é girada. Assim, ela provoca um estímulo no labirinto do paciente, simulando a sensação de tontura. ?O movimento nos olhos é captado, digitalizado e convertido automaticamente em gráficos. Isso vai nos ajudar a fazer um diagnóstico muito mais preciso do transtorno do equilíbrio. É como comparar os resultados de uma radiografia com os de uma tomografia?, diz o médico. Buttino explica que, ao descobrir exatamente qual é a causa do transtorno, fica mais fácil indicar o tratamento adequado para o paciente. Estima-se que pelo menos 10% da população sofra com tonturas ou algum outro transtorno do equilíbrio - o problema piora com o avanço da idade. O tratamento depende da causa do transtorno, mas, basicamente, envolve três possibilidades: medicamentos, cirurgia ou exercícios para reabilitação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. |
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