EDUCAÇÃO FÍSICA DO PROFESSOR WILLIAM PEREIRA

Este blog é a continuação de um anterior criado pelo Professor William( http://wilpersilva.blogspot.com/) que contém em seus arquivos uma infinidades de conteúdos que podem ser aproveitados para pesquisa e esta disponível na internet, como também outro Blog o 80 AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA (http://educacaofisica80aulas.blogspot.com/ ) que são conteúdos aplicados pelo Professor no seu cotidiano escolar.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Notícias da Educação Física

Notícias da Educação Física


Avaliação postural previne lesões e melhora corrida

Posted: 10 Jan 2013 11:28 AM PST

A biomecânica da corrida varia muito de um atleta para outro em função do estereótipo físico ou mesmo das atitudes posturais. A maioria dos corredores, porém, limita-se a fazer apenas o teste de pisada, que corresponde a uma pequena parte da avaliação necessária para corrigir possíveis problemas de postura. Isso porque saber se o tipo de pisada é neutra, pronada ou supinada é somente o primeiro passo de uma análise mais detalhada, que de fato auxiliará o atleta a melhorar sua postura como um todo. "Além do teste de pisada, é necessário fazer uma avaliação postural de frente, laterais e de costas, que indicará não só o calçado adequado, mas também melhorará a biomecânica de corrida, corrigindo desvios posturais e prevenindo possíveis lesões", ressalta David Homsi, especialista em fisioterapia esportiva e musculoesquelética. A avaliação é feita por um profissional da área por meio de programas que registram imagens do corredor nas quatro vistas - de frente, costas e ambas laterais. Com base nessas imagens são analisados alguns pontos específicos da postura do atleta de acordo com cada programa de avaliação e/ou do próprio fisioterapeuta. "Esses pontos podem ser o lóbulo da orelha, a altura dos mamilos, o osso do quadril e a base da patela, entre outros", afirma o Homsi. Entre os problemas posturais mais comuns, que interferem diretamente na prática da corrida, estão a hiperlordose (quadril empinado), a hipercifose (ombros para frente) e a hiperextensão do joelho (joelhos curvados para trás). "São problemas que podem causar dores na lombar, principalmente quando o atleta corre em subidas, na região da cervical e nas laterais dos joelhos", salienta o fisioterapeuta, acrescentando que, nesses casos, além da possibilidade de lesão, também há queda no desempenho do corredor. "Isso porque as estruturas do corpo atuarão para atenuar essa postura errada, de modo que o corredor acabará utilizando áreas de compensação em excesso", observa. Segundo Homsi, esses problemas podem ser corrigidos por meio de reeducação postural (RPG), pilates ou condicionamento físico específico, que devem ser orientados pelo fisioterapeuta de acordo com o caso do corredor.

Dor na virilha após corrida pode indicar problema no quadril

Posted: 10 Jan 2013 11:28 AM PST

É comum o corredor sentir aquela dorzinha na região da virilha após um treino mais forte ou uma prova. Se o incômodo for recorrente, porém, o atleta deve ficar atento, pois também pode ser sinal de um problema mais grave, conhecido como síndrome do impacto no quadril. Esse problema ocorre devido ao impacto repetido da articulação do quadril, que é formada pelo contato da cabeça do fêmur com uma concavidade da bacia chamada acetábulo. Qualquer alteração na região poderá gerar lesões ou até mesmo o desenvolvimento de uma artrose (degeneração da articulação). "Alterações de origem genética na anatomia do quadril podem favorecer essa lesão", afirma Cristiano Laurino, mestre em ortopedia e traumatologia pela Universidade Federal de São Paulo, médico do Clube de Atletismo BM&F/Bovespa e diretor-médico da Confederação Brasileira de Atletismo. Ele acrescenta que, embora a predisposição anatômica tenha importância na origem desse tipo de lesão, a sobrecarga esportiva também pode contribuir. Essa sobrecarga é mais comum em modalidades que exigem movimentos bruscos e vigorosos de rotação e compressão dos quadris, como tênis e futebol. "Mas também pode ser proveniente de anos de treinamento irregular em modalidades de longa duração como a corrida", salienta. O médico observa que a grande maioria das pessoas que correm já praticou outras modalidades anteriormente, sendo possível que a origem da lesão tenha ocorrido antes e venha à tona com a corrida. A dor na virilha é o principal sintoma. Em casos mais graves, há redução do movimento dos quadris e possibilidade de evoluir para uma artrose. Ao constatar uma dor persistente na virilha, orienta Laurino, o corredor deve procurar um médico especializado para fazer uma avaliação adequada. Em um primeiro momento, o tratamento é feito a base de anti-inflamatórios, analgésicos e fisioterapia, havendo necessidade de interromper os treinos por um período que pode variar de um a seis meses. Caso os sintomas persistam, é necessária uma intervenção cirúrgica (artroscopia). O médico ressalta que o diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para que o corredor consiga se recuperar e retomar os treinos normalmente. "Quanto mais avançada a degeneração na articulação, mais difícil a recuperação", conclui.

Artigo: Do Fitness ao Wellness: os 3 estágios de desenvolvimento das academias de ginástica

Posted: 10 Jan 2013 11:21 AM PST

INTRODUÇÃO É notório o movimento realizado pelas academias de ginástica em relação às mudanças nas características de sua organização. Visando compreender esse movimento, este artigo sintetiza parte de uma pesquisa elaborada durante os anos 2006 e 2007 em academias de ginástica da cidade de Goiânia. Foi realizado um estudo etnográfico, com observação participante, análise de documentos e entrevistas a coordenadores e professores de seis academias goianienses, bem como observação em academias de outras cidades. As seis academias foram selecionadas com o intuito de perceber as transformações ocorridas em academias de ginástica ao longo de sua história, portanto, duas academias pequenas e pouco desenvolvidas foram selecionadas, duas de porte médio, sendo uma recém inaugurada e uma com mais de dez anos e outras duas grandes academias, também com mais de dez anos de existência. Essas academias mais antigas permitem perceber o movimento dessas mudanças dentro de seu próprio contexto histórico. Como academias pequenas foram consideradas aquelas com menos de 400 alunos e menos de 500m² de área construída, como academias médias foram consideradas aquelas entre 400 e 1000 alunos e entre 500m² e 2000m² de área construída, academias grandes aquelas entre 1000 e 2500 alunos e 2000m² e 5000m². Acima desses números seriam mega-academias. Ao todo foram entrevistados quatorze professores e sete coordenadores. Visando preservar a identidade dos sujeitos entrevistados, os professores e coordenadores serão denominados de acordo com a academia a qual pertencem e modalidade que trabalham, sendo que as academias pequenas serão chamadas de P1 e P2, academias médias de M1 e M2 e academias grandes de G1 e G2. Além disso, os professores de musculação serão chamados de M, os professores de ginástica de G e os coordenadores de C. OS TRÊS ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DAS ACADEMIAS DE GINÁSTICA A academia de ginástica como um espaço para a realização de práticas corporais é algo novo. De acordo com Nobre (1999), o termo "academia" apenas foi se estabelecer definitivamente, no Brasil, no início da década de 1980. Porém, o mesmo autor pondera informando que espaços semelhantes, mas com outros nomes como "Institutos de Modelação Física", "Centros de Fisiculturismo", "Clubes de Calistenia", dentre outros, já existiam há mais tempo. Ribeiro (2004) mostra que, em Goiânia, a primeira academia instalada chamava Academia de Halterofilismo Músculo y Poder, inaugurada em 1957. Em 1930, a ACM, no Rio de Janeiro, oferecia a modalidade de judô "convivendo com outras atividades de ginástica e de práticas esportivas típicas desta entidade filantrópica à época" (CAPINUSSÚ, 2006, p. 61). De acordo com Capinussú (2006), foi a partir de 1940 que o modelo de academias de ginástica existente atualmente, com base na ginástica, lutas e halterofilismo ou culturismo se delineou. Até então, de acordo com o mesmo autor, as academias situavam-se principalmente nas grandes capitais brasileiras próximas ao litoral, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo, embora haja informações a respeito de espaços para aulas de natação em São Luís, no Maranhão, em 1893, e de lutas em Belém do Pará, em 1914. Bertevello (2006, p. 63) afirma que a partir de 1950 as academias começam a se expandir para outras capitais e para cidades de médio porte no interior do país: "Os vetores deste crescimento são o halterofilismo e as artes marciais japonesas". O autor informa ainda que, já em 1971, o primeiro levantamento a respeito das academias existentes no Brasil indica que apenas algumas capitais federais possuíam registros em órgãos da prefeitura. Em Goiânia, os donos de academias, principalmente nas décadas de 1960 e 1970, de acordo com Ribeiro (2004), eram pessoas ligadas às especificidades das atividades de academia, como halterofilistas e professores de Educação Física. Os instrumentos de produção eram rudimentares. Um dos pioneiros nesse ramo em Goiânia, em entrevista realizada por Ribeiro (2004, p. 16), assegura: "fiz meus pesos, eram fundidos com cimento; eu pegava brita, cascalho, areia e cimento e fazia os pesos. Os canos a gente cortava e servia de barra". As academias de ginástica não eram vistas como um negócio promissor para conseguir lucros. Um entrevistado de Ribeiro (2004, p. 20) aponta: "naquela época a gente tinha mais era rivalidade dos atletas. A academia não era para ganhar dinheiro". Com o processo de concentração de capital e a divulgação do halterofilismo e das academias de ginástica através dos filmes como os de Arnold Schwarzenegger e das competições de fisiculturismo nos âmbitos regionais, nacionais e mundiais, como os prêmios de Mister Universo e Mister Olímpia, as academias foram crescendo aos poucos. O Brasil foi se estabelecendo definitivamente no cenário mundial com a antiga Confederação Brasileira de Culturismo (CBC), reconhecida pelo extinto Conselho Nacional de Desportos (CND) apenas em 1976 e, em 1978, filia-se a International Federation of Body Builders e outras entidades internacionais da modalidade.1 Assim, o público freqüentador de academias foi aumentando, mas ainda era centrado essencialmente no halterofilismo e fisiculturismo e, em alguns casos, apresentando algumas modalidades de ginástica, como a calistênica e a presença de lutas como judô, caratê e boxe em menor proporção, porque em geral as academias de lutas eram especializadas. O predominante nessa época eram as especializações com as academias de halterofilismo, as de ginástica, as de lutas, as de natação, embora a presença de mais de uma modalidade na mesma academia já começasse a aparecer. Com o aumento do público freqüentador, o desenvolvimento das academias como espaço de negócio lucrativo foi se estabelecendo. Acompanhando esse processo, empresas fornecedoras de aparelhos, máquinas e outros instrumentos também se desenvolveram. Tem-se aí um primeiro movimento de passagem de academias que surgiram, principalmente, a partir do interesse pessoal de seus donos com a área, para academias que começaram a se estabelecer, desde o início, como um negócio visando fundamentalmente ao lucro. Nos anos 80, uma mescla dessas características estava presente. As academias nesse período, em geral, mantinham um vínculo de seus donos com a área e, ao mesmo tempo, já se firmavam mais claramente como um negócio visando ao lucro. De acordo com Nolasco et al. (2006), é de 1981 a publicação do primeiro livro sobre administração de academias de ginástica no Brasil. Teorias administrativas começaram a adentrar este universo e passam a influenciar a organização interna das academias. A organização do espaço e do trabalho foi se modificando. No mesmo período, há um novo impulso às academias de ginástica oriundo da ginástica aeróbica e sua principal divulgadora, a atriz Jane Fonda. A ginástica aeróbica, com a incorporação do ritmo musical, traz um novo estímulo aos praticantes e passa a ser uma "febre" a partir de meados dos anos 80 até início dos anos 90. A aeróbica dos anos 80 foi a mola propulsora das academias [...] O boom dos anos 80 teve no fechamento do comércio exterior um grande obstáculo, pois não tínhamos a tecnologia dos materiais esportivos dos grandes centros mundiais, problema que se resolveu apenas com a liberação das importações (NOBRE, 1999, p. 20-21). A organização da gerência interna, da supervisão e do controle passou a ser incorporada com mais ênfase ao espaço da academia, assim como a divisão do trabalho entre professores de musculação e professores de outras modalidades de ginástica. Nessa época, ainda era comum o aluno optar por uma turma de ginástica, com horários e professor fixos. O aluno pagava pela aula de determinada modalidade. Aos poucos, as antigas salas de halterofilismo foram sendo reorganizadas a partir da fabricação de máquinas e outros instrumentos com tecnologias que facilitavam a utilização por pessoas que não tinham costume de treinar, garantindo maior segurança durante a execução. Foram, portanto, se transformando em salas de musculação. O termo musculação passou a substituir o halterofilismo, visando abranger um público maior de pessoas que não praticavam a modalidade por competição ou para construir corpos com grande hipertrofia da musculatura. Assim, as academias que surgiram a partir de meados de 1980 já apresentavam mudanças em seus nomes, acompanhando a essa mudança de atendimento de necessidades do público. Ao invés de nomes como "Músculo e Poder", "Academia do Tarzan", "Centros de Fisiculturismo" e outros que buscavam demonstrar imponência e faziam referência ao halterofilismo, começam a surgir nomes que evidenciam mais a ginástica e/ou a musculação. Nessa esteira, em que a musculação assume o lugar do halterofilismo, no final dos anos 80 e início dos anos 90, um outro reforço para um novo aumento quantitativo do público freqüentador surge com o aumento da prática de musculação também pelas mulheres. A cantora e atriz Madonna com musculatura bem definida se torna um emblema e um incentivo através dos meios de comunicação. Acompanhando isso, no cenário macro-econômico, o Brasil nesse mesmo período começa a intensificar as reformas neoliberais que compreendem, dentre outros fatores, uma abertura econômica que favorece o aumento das importações. Tecnologias importadas entram com mais facilidade no mercado nacional, dentre elas, tecnologias dos equipamentos de musculação e de ginástica e tecnologias de organização e gestão do trabalho. As salas de musculação e de ginástica começam a se mostrar imponentes pela caracterização e quantidade de seu maquinário. Esse desenvolvimento foi possibilitado a partir das transformações da mais valia em capital que proporcionaram a acumulação e concentração de capital nesse ramo. Aliado a isso, o forte crescimento do mercado nessa época atrai investidores com capitais oriundos de outros setores e a expansão geográfica se estabelece com a abertura de mais academias, muitas delas muito bem equipadas. A competição se acirrou e aquilo que aconteceu no sistema capitalista como um todo atinge também as academias de ginástica: algumas transformações na organização da produção passam a ocorrer. No Brasil, as transformações na organização da produção e a entrada da política econômica neoliberal, que são os principais determinantes da acumulação flexível para Harvey (1996), só acontecem fundamentalmente a partir da década de 1990. As academias de ginástica, a partir de então, começam a sofrer um novo movimento de transformações. A demanda pelo serviço oferecido pelas academias cresceu. Capitais oriundos de outros ramos migraram e começaram a ser investidos em academias de ginástica. A academia, como negócio, passa a romper com os laços de interesses dos donos pela área e foram transformando-se em empresas geridas a partir de teorias administrativas com o intuito fundamental de acumular capital. Essa é a tendência que já se mostrava presente. Assim, as academias de ginásticas entram no contexto da acumulação flexível: Tudo isso valorizou o empreendimento inovador e "esperto", ajudado e estimulado pelos atavios da tomada de decisões rápidas, eficiente e bem-fundamentada [...] Com efeito, na medida em que a informação e a capacidade de tomar decisões rápidas num ambiente deveras incerto, efêmero e competitivo se tornaram cruciais para os lucros, a corporação bem organizada tem evidentes vantagens competitivas sobre os pequenos negócios (HARVEY, 1996, p. 149-150). Pode-se perceber uma ligação estreita do que Harvey (1996) apresenta a respeito das características da acumulação flexível com a forma como as academias passaram a se organizar nos últimos anos. Alguns autores de livros para administração de academias indicam como essas mudanças ocorrem na academia. As transformações do mundo contemporâneo estão obrigando as academias a repensar a forma de gerenciar seus colaboradores. Novos concorrentes, novas tecnologias, novos métodos de gerenciamento e uma sociedade voltada para a competição ditam o ritmo das atividades nos negócios (PEREIRA, 2005, p. 22). No final dos anos 90, a Body Systems chega ao Brasil com suas aulas pré-coreografadas ou aulas prontas, provocando um impacto significativo no mercado. Ocorre uma grande diversificação das modalidades e de outros produtos vendidos pelas academias. Os planos passam a permitir acesso a todas elas, inclusive à musculação, diferenciando-se dos pagamentos por modalidades. A diversificação ocorre seguindo uma tendência das empresas na fase de acumulação flexível. É importante notar que a velocidade das mudanças que ocorrem na caracterização da organização administrativa das academias impõe atualmente um ritmo muito mais acelerado de transformações nesse ramo. A partir do momento em que as academias de ginástica passam a ser administradas como um negócio que envolve capital elevado e necessita de retorno economicamente viável, o movimento é um só: o de incorporação de técnicas e teorias administrativas que vão configurar a gestão e a organização do trabalho neste espaço de forma racionalizada. Assim, as mudanças ocorridas na característica das academias constituíram três estágios. Um estágio inicial caracterizado pela afinidade com a área, como principal motivação para a implementação das academias. Por isso, a administração empírica, amadora ou do senso comum preponderava. Um segundo estágio, caracterizado pela mescla entre a afinidade com a área e a inserção das tecnologias da administração em busca de lucros, surgido, principalmente, a partir dos anos 80. E um terceiro estágio, onde as mais avançadas tecnologias dos instrumentos de produção e da gestão são encontradas nas academias. Há presença da micro-eletrônica nos instrumentos e das mais diversas teorias administrativas de gestão de recursos humanos, de marketing, financeira e contábil, configurando a racionalização nas academias. As academias caracterizadas neste terceiro estágio, as mais avançadas em seu desenvolvimento, denomino de "academias híbridas". O que há de mais avançado no momento traz em si elementos de todo esse desenvolvimento. Embora haja negações, essas negações não deixaram de trazer consigo características do negado. Além disso, esse desenvolvimento deve ser entendido como um desenvolvimento desigual e combinado. A análise do ramo de academias de ginástica deve compreendê-la como um ramo periférico, tanto no âmbito da produção capitalista quanto na posição do Brasil no cenário mundial do mercado. O que Trotsky (1977) chama de desenvolvimento desigual e combinado explica muito do contexto atual deste mercado, pois, "elaborada no contexto russo, esta análise estava implicitamente carregada de uma significação mais abrangente, aplicável ao conjunto das formações sociais situadas na periferia do sistema capitalista" (LOWY, 2007, p. 76). Esse ramo pode ser considerado um ramo atrasado na implementação das teorias administrativas. Pinheiro e Pinheiro (2006, p. 19), por exemplo, entendem que os casos da Les Mills e da Body Systems correspondem a um "conjunto de antigos princípios e técnicas que deu origem a uma efetiva inovação no mercado do fitness". Os autores referem-se à presença de princípios tayloristas na característica do negócio de aulas prontas desenvolvido pela Les Mills. A incorporação de teorias administrativas em academias de ginástica não acompanha o mesmo processo de sua elaboração. Esse desenvolvimento atinge as academias, especialmente aquelas de lugares periféricos em países periféricos, com "saltos" que explicam as mudanças bem mais constantes em um espaço de tempo muito limitado, ocorridas nas academias brasileiras. Além disso, essas mudanças muitas vezes aproximam-se de um processo conhecido no meio da administração de empresas como reengenharia2. Consultores ou empresas de consultoria são contratados e reformulam completamente a forma de organização da academia. Esse processo permite que ela receba o que há de mais avançado no que diz respeito à administração. Trotsky (1977) explica essa e outras características do desenvolvimento desigual e combinado. Segundo ele, o capitalismo preparou e, em certo sentido, realizou a universalidade e a permanência do desenvolvimento da humanidade. Fica, assim, excluída a possibilidade de uma repetição das formas de desenvolvimento em diversas nações. Na contingência de ser rebocado pelos países adiantados, um país atrasado não se conforma com a ordem de sucessão: o privilégio de uma situação historicamente atrasada – e este privilégio existe – autoriza um povo ou, mais exatamente, o força a assimilar todo o realizado, antes do prazo previsto, passando por cima de uma série de etapas intermediárias. Renunciam os selvagens ao arco e à flecha e tomam imediatamente o fuzil, sem que necessitem percorrer as distâncias que, no passado, separaram estas diferentes armas [...] Sob o chicote das necessidades externas, a vida retardatária vê-se na contingência de avançar aos saltos. Desta lei universal da desigualdade dos ritmos decorre outra lei mais geral que, por falta de denominação apropriada, chamarei de lei do desenvolvimento combinado, que significa aproximação das diversas etapas, combinação das fases diferenciadas, amálgama das formas arcaicas com as mais modernas (TROTSKY, 1977, p. 24-25). Essa teoria do desenvolvimento desigual e combinado de Trotsky (1977) explica muito do panorama encontrado em relação à presença de teorias administrativas na organização das academias. Hoje, nesse mercado, há uma mescla entre uma administração que traz elementos das teorias elaboradas ao longo do século passado, com o amadorismo. Nas pequenas academias pesquisadas, por exemplo, percebe-se que o senso comum na administração ainda é o que prevalece. Já nas academias M1 e G2, nota-se um movimento no qual a presença de tecnologias oriundas das teorias administrativas ganha força, com a academia G2 passando, inclusive, por um processo de consultoria externa no momento da pesquisa. Nas academias G1 e M2, observa-se a presença de uma administração muito próxima dos moldes do que há de mais avançado no mercado. A academia G2 no momento da pesquisa, de acordo com um de seus coordenadores entrevistados, estava passando por uma transformação, não só administrativa, mas toda uma transformação de uma empresa familiar para uma empresa profissional, com mais profissionalismo, maior empenho e voltada para o resultado [...] Hoje tem critério mais rigoroso, cobra-se produtividade do professor, cobra-se números. Essas mudanças trazem consigo exigências muito maiores ao professor: exigências de "profissionalismo". Com a fala de um dos coordenadores da academia G1, por exemplo, que atua na área há muito tempo, pode ser percebido como essas transformações sofridas pelas academias de ginástica atingem o professor. Tem dezoito anos que estou no fitness, desde os dezesseis anos que dou aula de ginástica, não havia tanta exigência em relação à documentação. O professor de musculação era técnico. O professor de ginástica era quem sabia dançar, "ah então sabe dar aula de ginástica". Hoje em dia não é assim. Então para entrar numa empresa, o processo de seleção ficou mais seletivo, subiu o padrão profissional. Hoje em dia o professor de ginástica não tem que ser um dançarino, tem de ser um cara que estuda, que pensa, tem de ser um cara que sabe conversar, tem de ser uma pessoa que sabe vender [...] No meu ponto de vista, o que melhorou de uns anos para cá no fitness é a qualificação profissional, é o lado administrativo, é a exigência de documentação Na fala da coordenação da academia G2, também pode ser observada como essas transformações atingem o professor: O professor tem que se adequar a esta parte administrativa. Ele teve que dar uma rebolada e deixar de ser só professor de sala, aquele que vai lá e trabalha com a musculação, que vai lá e monta a ficha do aluno achando que cumpriu a missão dele. Esse professor morreu, aqui para nós, não existe. O processo de incorporação das teorias administrativas pelas academias de ginástica ou o desenvolvimento da racionalização nesse espaço trouxe consigo um novo vocabulário, novas tecnologias, uma nova arquitetura, novas organizações do trabalho, novas práticas pedagógicas, novas modalidades e, como não poderia ser diferente, um novo perfil dos professores. Como esse processo está presente mais em algumas academias do que em outras, essas mudanças podem ser mais bem percebidas nas academias mais desenvolvidas ou avançadas do que nas menos desenvolvidas. E isso permite apontar como tendência para as demais academias aquilo que se encontra nas mais avançadas e que se relaciona com as características gerais da fase de acumulação flexível do sistema capitalista. DO FITNESS AO WELLNESS Uma tendência fundamental nesse processo é a mudança na visão adotada pelas academias ao deixar de enfocar o conceito de fitness e passar a enfocar o conceito de wellness. De acordo com Saba (2006), o fitness enfatiza a dimensão biológica. Originado da junção de duas palavras, "fit que significa apto, e ness, que quer dizer aptidão. Na verdade a expressão correta é physical fitness, ou aptidão física" (SABA, 2006, p. 38). Saba apresenta a seguinte síntese a respeito do paradigma do fitness adotado pelas academias de ginástica: É micro. Está ligado aos desempenhos físico e ao atlético. Tem como objetivo principal fortalecer a melhora estética do aluno. A maioria das ações dos profissionais está direcionada para benefícios estéticos. No dia-a-dia do atendimento, os ganhos estéticos (emagrecimento, aumento de massa muscular, etc.) são valorizados em vários momentos (SABA, 2006, p. 143). O fitness caracteriza-se pela ênfase no condicionamento físico do indivíduo. As academias de ginástica surgiram tendo essa finalidade, tanto é que os donos das primeiras academias muitos deles eram halterofilistas, atletas, ou pessoas que, em geral, estavam envolvidas em práticas corporais. Com o desenvolvimento do ramo das academias de ginástica como negócio, ou seja, com a boa capacidade de acumulação de capital apresentada pelas academias de ginástica, a visão antes restrita ao fitness foi se ampliando e aos poucos foram sendo aglutinados outros enfoques para a academia de ginástica atingir seu mercado de forma mais eficaz e também ampliar seu público alvo. Saba (2006, p. 143) explica que o wellness "fortalece-se, aumentando cada vez mais a participação e a manutenção saudável de pessoas em programas de exercícios físicos". Enquanto isso, o fitness com sua ênfase nos "aspectos puramente estéticos, representados pelo modelo da aptidão física, continua aumentando a desistência e promovendo a rotatividade nas academias" (SABA, 2006, p. 143). Essa mudança do fitness para o wellness acompanha, portanto, a consolidação e o desenvolvimento dos já explicados estágios das academias como um negócio. O primeiro estágio caracteriza-se pelo surgimento do fitness, o segundo pelo desenvolvimento e consolidação do fitness e início de abordagens do wellness e o terceiro estágio, de academias híbridas, com o wellness tornando-se o conceito norteador na determinação das características da academia. De acordo com Saba (2006), o responsável pela denominação wellness foi o americano Charles Corbin no início dos anos 70. Corbin (apud SABA, 2006, p. 39) define wellness como sendo "a integração de todos os aspectos da saúde e aptidão (mental, social, emocional, espiritual e física), que expande um potencial para viver e trabalhar efetivamente, dando uma significativa contribuição para a sociedade". O wellness engloba o fitness. O conceito de wellness embora negue o conceito de fitness, também é composto por ele. O condicionamento físico não deixa de ser enfatizado, porém, é trabalhado em perspectivas mais amplas visando à qualidade de vida e bem-estar. A estética não deixa de ser enfatizada, porém, é levada em consideração a saúde nessa busca pela estética. Assim, nas academias que seguem o wellness como paradigma, os professores se preocupam em transmitir conhecimentos, explicando para os alunos, por exemplo, prejuízos que podem causar a prática em excesso, os problemas do uso de anabolizantes, a importância da alimentação adequada, entre outras práticas. Dessa forma, o fitness não deixa de ser trabalhado, mas fica subsumido ao wellness. Saba apresenta a seguinte síntese a respeito do wellness como paradigma nas academias: É macro. Olha o ser humano como um todo. Os compromissos que cada indivíduo deve assumir consigo mesmo, a fim de respeitar-se e preservar-se. É um código de atitudes saudáveis que promove altos índices de saúde e prevenção de doenças; refletindo cuidado nas relações interpessoais, de modo a manter elevado o estado de espírito; o que nos leva a ponderar diante de tentações e a recusar envolver-se em ações que poderiam ser prejudiciais. Atitude em prol do bem-estar é conhecer e respeitar seus limites, evitando pensamentos e ações autodestrutivos. O nível de wellness de uma pessoa depende muito de suas escolhas. A prática do exercício físico é parte desse processo. O conceito de fitness está dentro do modelo wellness. Esse é o modelo que fortalece a permanência dos clientes nas academias e cria inúmeros vínculos além do estético. Estes exemplos revelam que o mercado já não se contenta mais com ações focadas exclusivamente no fitness. Busca-se uma visão mais ampla de atuação apoiada no wellness (bem-estar). Os gestores precisam reformular seus negócios para atender a esta demanda (SABA, 2006, p. 144-145). Esse movimento, de mudança nas academias do paradigma do fitness para o wellness, por tratar-se de uma mudança determinada pela necessidade de melhoria de desempenho do negócio na acumulação de capital, apresenta alguns outros aspectos que são fundamentais para sua compreensão, todos eles relacionados com a necessidade de vender a mercadoria produzida, como ampliar o público alvo para a venda da mercadoria e aumentar a retenção ou aderência do cliente, concretizando uma segunda venda. Há, por exemplo, uma necessidade de ampliar seu público alvo, com as academias deixando de focalizar apenas a busca pela estética que estaria muito mais ligada às pessoas jovens e passando a enfocar homens e mulheres com idades mais elevadas e que buscam outros fatores além da estética. Percebe-se esse processo no posicionamento a seguir: O apelo para o corpo sarado já teve seu tempo na década de 1990. As pessoas hoje buscam, também, qualidade de vida, paz de espírito. Imaginem a foto de uma senhora no outdoor, fazendo ginástica e dizendo: "Osteoporose não tem vez na minha vida... exercício sim!" (PEREIRA, 2005, p. 93). O fim do chamado Estado do bem-estar social, ou Welfare State, exerce uma influência importante nesse processo. Com o início do neoliberalismo e o fim do Welfare State, o bem-estar da população deixa de ser uma responsabilidade no âmbito do Estado e transfere-se para o âmbito individual. Não mais Welfare State e sim Welness. Nesse contexto, o indivíduo deve ir em busca de seu bem-estar, comprando-o como uma mercadoria. A academia de ginástica surge como uma empresa que vende mercadorias para a satisfação dessa necessidade. As empresas, nesse contexto, atuam com responsabilidade social. A responsabilidade social da empresa é uma das ideologias que ganha força com o neoliberalismo, acompanhando a desresponsabilização do Estado pelo bem-estar social e a transferência dessa responsabilidade para a esfera privada. Paralelamente ao grande incentivo ao corpo com estética dentro dos padrões considerados belos, surgem extremos como, por exemplo, casos de mortes ou problemas de saúde por consumo de anabolizantes e por anorexia. Também surgem críticas a esse fenômeno que questionam o excesso de práticas corporais e outros excessos em busca do corpo com estética perfeita. Assim, uma empresa com responsabilidade social deve submeter a estética ao crivo do bem-estar. CONSIDERAÇÕES FINAIS As academias de ginástica, na particularidade como se apresentam atualmente, possuem uma história recente, de pouco mais de um século. Durante sua trajetória sofreram uma série de transformações até chegar à fase atual. Essas transformações se intensificaram principalmente nas últimas três décadas, quando as academias passaram a ser mais exploradas como um negócio favorável para a acumulação de capital. Na sua especificidade, passou por inovações tecnológicas em seus instrumentos de produção e nas suas formas de organização do trabalho para a produção. Isso gerou movimentos no ramo de alternância entre momentos de prosperidade e de queda nas taxas de lucro. Mas o próprio contexto da economia capitalista nas mesmas últimas três décadas foi de transformações no mundo do trabalho, visando superar uma crise estrutural do capital ocorrida na década de 1970. Esse contexto também influenciou em grande medida as transformações ocorridas nas academias de ginástica, onde o aluno não é simplesmente um aluno, é um cliente. A mercadoria não é produzida tendo como principal finalidade ser consumida, mas ser vendida. O professor não é simplesmente um professor, é um vendedor. Professor-vendedor e aluno-cliente em um ambiente onde a mercadoria exerce a função sedutora de atração e conquista. NOTAS * Mestre em Educação pela UFG e professor da Universidade Estadual de Goiás. 1 Veja mais informações a respeito em CBCM (2007). 2 Reengenharia "trata-se de da redefinição radical dos processos de trabalho, de ponta a ponta, para obter resultados para o cliente [...] indica repensar os fundamentos do negócio, redesenhando seus processos, para obter sensíveis melhorias no desempenho empresarial..." (HELOANI, 2003, p. 219). FROM FITNESS TO WELLNESS: THE THREE DEVELOPMENTAL STAGES OF FITNESS CENTERS ABSTRACT This article approaches the changes occurred in fitness centers throughout their history. The developments presented here are the result of a research work conducted in the city of Goiania by means of interviews with fitness c

Conceito Wellness está movimentando as academias no Brasil

Posted: 10 Jan 2013 11:19 AM PST

País tem mais de 7 mil unidades, que faturam por ano cerca de R$ 126 milhões. Em BH, redes investem apesar da crise Ana Gutierrez, dona da Fórmula Academia, associou-se à rede A!Body Tech – que tem entre seus donos o empresário Alexandre Accioly e Ronaldo Fenômeno – e vai inaugurar uma nova unidade no Belvedere, com investimento aproximado de R$ 7 milhões. A academia Alta Energia prepara-se para abrir as portas de uma nova unidade, a 10ª da rede na capital mineira, na Avenida Bandeirantes, no Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul. A Companhia Athlética, que funciona no shopping Diamond Mall e está presente em 12 cidades, já está tocando as obras para a abertura de filiais no Amazonas e no Rio Grande do Sul, que custarão cerca de R$ 11 milhões. Não se trata de coincidência. O novo jeito brasileiro de viver ancorado no conceito wellnes, que em inglês significa saúde e bem-estar, fortaleceu o ramo de fitness no país, colocando as academias e estabelecimentos do ramo a uma distância segura da crise financeira global. "A busca pelo bem-estar é a grande revolução do nosso século, assim como a indústria automobilística revolucionou o comportamento da sociedade no século 20. A vida das pessoas está mudando. Elas estão se preparando para viver mais e melhor", explica Waldyr Soares, presidente da Fitness Brasil, especialista na realização de eventos do setor. Esta semana, ele lança a primeira edição da Wellness Rio 2009, que teve seus espaços completamente vendidos não só para empresas de equipamentos , mas para a Coca-Cola, a companhia de energia Light e a Caixa Econômica Federal. Nos cálculos dele, as 7 mil academias em atividade no país – no papel existem 12,6 mil – faturam cerca de R$ 126 milhões ao ano, atendendo 1,4 milhão de pessoas interessadas em cuidar do corpo e da mente. O funcionário público José Roberto Cardoso, de 37 anos, é uma delas. Pratica atividade física há no mínimo 10 anos e mensalmente gasta entre R$ 150 e R$ 200 em aulas de musculação e pilates. Questionado sobre o peso desse gasto em seu orçamento, ele não hesita em responder. "Tudo depende do custo/benefício. Não acho caro. Sou muito pressionado no trabalho e, se não fizesse atividade física, certamente teria problemas por causa do acúmulo de estresse", sustenta. São pessoas que pensam como Cardoso que contribuem para incrementar os resultados financeiros em academias no país. A indústria de fitness e de bem-estar deverá movimentar US$ 1 trilhão ao ano até 2010 em todo o mundo. Em 2008, o Brasil, segundo maior mercado mundial de academias, faturou U$ 1,2 bilhão com esses dois negócios. "A crise não afetou diretamente nosso segmento", diz a diretora da Alta Energia, Cláudia Carvalho, fundada há 17 anos, que adotou como principal estratégia de expansão – a rede tem entre 10 mil e 12 mil alunos – a aquisição de concorrentes na cidade. A turbulência não abalou os planos de abrir as portas na Bandeirantes, iniciados há um ano e meio. Amparada numa pesquisa de mercado e com um planejamento que leva em conta cenários pessimistas, otimistas e medianos, a empresária coordena os últimos retoques antes da inauguração. "Identificamos o ponto, fizemos uma pesquisa e o processo foi iniciado", conta, sem revelar quanto está investindo no negócio. Ana Gutierrez, da Fórmula Academia, também acredita que os estabelecimentos do ramo foram menos afetados pela crise, porque as pessoas não abrem mão de frequentar o espaço. No ano passado, a A!Body Tech comprou todas as unidades da Fórmula no país, com exceção da de BH. Hoje, a unidade da Savassi funciona como franqueada da rede paulista. E a unidade do Belvedere é uma sociedade entre a empresária e a A!Body Tech. "A crise não nos fez repensar o negócio. O número de alunos da Fórmula cresceu 12% este ano, em comparação com 2008", aponta Ana. Eduardo Guarani, diretor da Companhia Athlética, que funciona no Diamond Mall, diz que os resultados do ano passado foram "muito bons" e que só em Belo Horizonte o número de alunos cresceu 8% em comparação com 2007. "Agora existe uma retração de 2%, que é sazonal, por causa do frio em junho e julho. Por outro lado, março e agosto são meses fortes. Continuamos a investir com uma visão de longo prazo. Nosso negócio deverá durar mais de 30 anos. Nossa visão de crescimento envolve o país e é sólida", avisa.

O que é Wellness?

Posted: 10 Jan 2013 11:18 AM PST

O conceito de Wellness apresenta-se como uma filosofia de "bem-estar", que tem como base o desejo de uma vida mais sã e serena, permitindo ultrapassar as "batalhas diárias", fontes de preocupação de tudo o que nos rodeia, relembrando que a "chave da solução" para os problemas pode estar dentro de Nós (Albuquerque, 2005). Para muitos o termo saúde ainda significa simplesmente "a ausência de doença" e um grande número de pessoas que não apresentam sinais de doenças ou enfermidades, consideram-se sadios.Ser sadio não é simplesmente ter um corpo sem doenças, bem torneado e magro, é sim, uma combinação do sentir-se bem consigo e com aquilo que faz. A palavra saúde deveria estar associada ao corpo e à mente, simultaneamente, como o termo Wellness que significa o bem-estar, ao invés de ser associada à ausência de doença. Hoje, saúde não é uma questão de chances, é uma questão de escolha. Ser uma pessoa saudável é tornar-se responsável pela sua saúde. Exercitando-se regularmente e praticando consistentemente outros hábitos positivos com relação ao estilo de vida, os benefícios virão com certeza: saúde melhor, menor risco com relação às doenças, inabilidade física e morte prematura, assim como, o tão almejado resultado estético. A massagem pode ser uma viagem de auto-descoberta, revelando como é sentir-se mais relaxado e em harmonia, como é vivenciar o prazer de um corpo que pode respirar, prosseguir e movimentar-se livremente. Agora é tempo de redirecionar o equilíbrio e nos voltarmos para nosso corpo, pela suave arte do toque e do contato. Desligar-se do mundo é possível, através das terapias que proporcionam um relaxamento completo. Cada uma delas é baseada em propriedades de ingredientes naturais e na atualização dos preceitos de diferentes culturas. O processo é sempre fascinante e as respostas, surpreendentes, ideais para reenergizar o corpo, relaxar a mente e revigorar a alma.

Termogênicos: suplementos que te ajudarão a ficar em forma.

Posted: 10 Jan 2013 05:18 AM PST



Com a chegada do verão aumenta a busca por um corpo mais magro e saudável, as academias voltam a ficar cheias e muitas pessoas recorrem aos suplementos como auxiliares para atingir os objetivos.

No caso da perda de peso os suplementos termogênicos podem auxiliar nos resultados quando associados a uma alimentação balanceada e ao treino frequente e orientado.

Os termogênicos são suplementos alimentares que aumentam a taxa metabólica basal, fazendo com que o corpo gaste mais energia mesmo que para realizar funções básicas como batimento cardíaco e contração muscular, e é esse aumento no gasto calórico que ajuda no processo de emagrecimento.

Normalmente em sua composição temos guaraná, chá verde e laranja amarga que são ingredientes de ação termogênica.

O guaraná e o chá verde são fontes de cafeína, um alcaloide, que funciona como estimulante do sistema nervoso central. Seu uso antes do treino aumenta a disposição e diminui a fadiga o que favorece a pratica de atividade por mais tempo e com melhor desempenho. Estudos também mostram que a cafeína melhora a mobilização e uso da gordura nos adipócitos.

A laranja amarga (citrus aurantium), que tem sido usado há muito tempo pela medicina tradicional chinesa como inibidor de apetite e emagrecedor, é rica em sinefrina um potente estimulante do sistema nervoso central

À sinefrina é atribuído o papel de estimulação da lipólise, que é a degradação das gorduras e para a geração de energia, daí seu papel como coadjuvante no emagrecimento.

Além dos suplementos alimentos como a pimenta, o gengibre e a canela também podem ser incluídos no cardápio de quem busca a perda de peso.

Fonte: Flavia Morais – nutricionista Mundo Verde franquia

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