Notícias da Educação Física |
- Dieta mediterrânea é a melhor para o coração
- Mulher não pode ir à academia por ter alergia a exercícios
- Exercício de curta duração pode ser usado como tratamento para TDAH e autismo
- Exercício físico melhora resposta de crianças a situações de estresse
Dieta mediterrânea é a melhor para o coração Posted: 11 Mar 2013 02:05 AM PDT Cerca de 30% dos ataques cardíacos, derrames e mortes decorrentes de problemas do coração podem ser evitados em casos de alto risco se as pessoas passarem a seguir a dieta mediterrânea — rica em azeite de oliva, castanhas, feijões, peixe, frutas e verduras —, mesmo que seja acompanhada de vinho, revelou o maior e mais rigoroso estudo já feito sobre o tema. As descobertas, publicadas no site do "New England Journal of Medicine", foram baseadas no primeiro grande teste clínico a avaliar o efeito da dieta para os riscos cardíacos. A magnitude dos benefícios alcançados surpreendeu os cientistas. O estudo acabou sendo suspenso antes do tempo previsto, depois de quase cinco anos, porque os resultados obtidos eram tão claros que seria considerado antiético continuar com a pesquisa. Os próprios pesquisadores passaram a adotá-la. Embora não tenha resultado em perda de peso, a dieta ajudou mesmo os que já tomavam estatinas ou remédios para pressão e diabetes. — É realmente impressionante — afirmou ao jornal "The New York Times" Rachel Johnson, professora de nutrição na Universidade de Vermont e porta-voz da Associação Americana do Coração. — E o mais importante, o mais legal, é que eles usaram marcadores muito definitivos. Eles não observaram colesterol, hipertensão ou peso, mas sim ataque cardíaco, derrame e morte. Ou seja, o que importa. Peixe, azeite e frutas Até então, as evidências de que a dieta mediterrânea reduzia o risco de problemas cardíacos eram consideradas relativamente fracas — a maior parte baseada em estudos que mostram que as pessoas de países do Mediterrâneo têm índices baixos de doenças cardíacas —, um padrão que poderia ser atribuído a outros fatores. Alguns especialistas se mostravam céticos quanto à capacidade do estudo de detectar potenciais benefícios da dieta, uma vez que muitas pessoas já tomam remédios para reduzir problemas cardíacos. Médicos hesitavam em recomendar a dieta a quem já tinha problemas de peso, já que azeite e nozes têm muitas calorias. Na análise de cardiologistas, o estudo foi um sucesso porque mostrou que a dieta era uma arma poderosa na redução dos riscos cardíacos usando uma metodologia das mais rigorosas. Cientistas escolheram aleatoriamente 7.447 pessoas na Espanha que tinham sobrepeso, eram fumantes, tinham diabetes ou apresentavam algum outro fator de risco para problemas cardíacos. Elas foram divididas em três grupos: um seguiu uma dieta com baixo teor de gordura e os outros dois seguiram a mediterrânea (um com mais azeite e outro com mais castanhas). Dietas com baixos teores de gordura não mostraram nenhum benefício e são muito difíceis de serem seguidas por muito tempo, disse Steven Nissen, chefe do Departamento de Medicina Cardiovascular da Clínica Cleveland. — Agora vem esse grupo e faz um estudo gigante na Espanha mostrando que é possível comer uma dieta balanceada, com frutas, verduras e azeite, e reduzir os problemas cardíacos em 30% — afirmou. — E você pode, verdadeiramente, aproveitar a vida. O estudo, coordenado por Ramon Estruch, da Universidade de Barcelona, revelou que o grupo que ingeriu mais azeite e o que comeu mais castanhas apresentaram os mesmos benefícios. Eles comeram peixe pelo menos três vezes por semana e ao menos duas porções de frutas e verduras por dia. As refeições foram acompanhadas de uma taça de vinho. Alimentos industrializados e carne vermelha foram cortados. Para o especialista, é a combinação dos ingredientes que conta. |
Mulher não pode ir à academia por ter alergia a exercícios Posted: 11 Mar 2013 02:02 AM PDT Kasia sofre de um angioedema induzido por exercícios (EIA na sigla em inglês), no qual a atividade física, unida a um certo tipo de alimentação, pode levá-la à morte por choque anafilático. "Quando tenho um ataque, meus olhos incham e coçam. Em 5 minutos, estão completamente fechados", diz. Mãe de 4 filhos, Kasia disse que era uma pessoa esportiva e gostava de ir à academia. Mas depois da sua primeira gravidez, notou que o corpo começou a reagir de maneira estranha. Primeiro achou que era uma reação alérgica a uma sombra que comprou, só que a alergia não passou depois que parou de usar o produto. Um dia foi à academia e seus olhos incharam. Foi receitado o uso de anti-histamínico, que aliviou mas não inibiu as reações. "Levei anos para perceber que o exercício que provocava isso", disse. Após procurar ajuda de diversos médicos, foi diagnosticado o problema e Kasia se sentiu aliviada. "Foi bom dar um nome à situação, eu estava enlouquecendo", falou. "Toda vez que meu coração disparava eu tinha um ataque. Minha vida sexual era nula." Hoje, com os medicamentos, ela voltou a caminhar no parque, mas ainda não pode se exercitar. Como quer perder peso, entrou para um grupo de apoio. "Os especialistas acham que tem a ver com a alimentação, mas não sabem dizer que tipo de alimento causa o problema. Já testei diversas coisas", disse. Se for identificado o causador da reação alérgica, é possível continuar ingerindo o alimento sem danos – basta que Kasia não se exercite em seguida. |
Exercício de curta duração pode ser usado como tratamento para TDAH e autismo Posted: 11 Mar 2013 01:57 AM PDT Exercícios físicos de pouca duração podem ajudar a melhorar o autocontrole, de acordo com pesquisadores da VU University Amsterdam, na Holanda. Os dados mostram que a 'explosão' dos exercícios aumenta o fluxo de sangue e oxigênio para o córtex pré-frontal do cérebro, que desempenha papel vital na concentração e aprendizagem. A equipe sugere que a estratégia pode ser usada como um tratamento útil para condições como o autismo e TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade). "Estes efeitos positivos do exercício físico na inibição / interferência de controle são encorajadores e altamente relevantes, dada a importância do controle inibitório e controle de interferência na vida diária. A inibição é essencial para a regulação do comportamento e emoções em ambientes sociais, acadêmicos e esportivos", afirmam os pesquisadores. A equipe acrescentou que a atividade física também pode ajudar a retardar os estragos da doença de Alzheimer. "Dada a tendência para um estilo de vida mais sedentário, o envelhecimento no mundo inteiro e aumento da prevalência de demência, os resultados ressaltam a importância de se envolver em atividade física na população em geral", destacam os pesquisadores. Os cientistas analisaram 19 estudos publicados até abril de 2012, que analisaram o impacto de exercícios de curta duração na função cerebral em 586 participantes com idade de seis a 35 anos de idade. Eles descobriram que 12 desses estudos analisaram autocontrole e todos apresentaram melhores níveis em todas as faixas etárias. A pesquisa foi publicada no British Medical Journal. |
Exercício físico melhora resposta de crianças a situações de estresse Posted: 11 Mar 2013 01:54 AM PDT O exercício pode desempenhar um papel fundamental para ajudar as crianças a lidar com situações estressantes. É o que revela estudo de pesquisadores da University of Helsinki, na Finlândia. A pesquisa demonstrou que, quando expostas a estressores da vida diária, crianças sedentárias tinham picos de cortisol, hormônio ligado ao estresse. Já as crianças mais ativas tiveram pouco ou nenhum aumento em seus níveis de cortisol em situações semelhantes. "Os resultados sugerem que a atividade física desempenha um papel na saúde mental amortecendo os efeitos de estressores diários, como falar em público, sobre as crianças", afirma a principal autora do estudo, Silja Martikainen. Os pesquisadores monitoraram a atividade física e os níveis de cortisol em um grupo de crianças de oito anos de idade. Os 252 participantes usavam dispositivos do acelerômetro em seus pulsos para medir a atividade física. Amostras de saliva foram retiradas para medir os níveis de cortisol. Para medir as reações ao estresse, as crianças tiveram que fazer tarefas de aritmética e contar histórias. O estudo é o primeiro a encontrar uma ligação entre a atividade física e as respostas de hormônio do estresse em crianças, segundo os pesquisadores. As crianças foram divididas em três grupos, as mais ativas, intermediárias e menos ativas. Os resultados mostraram que os níveis de cortisol das crianças mais ativas foram os menos reativos a situações estressantes. "Claramente, há uma ligação entre o bem-estar mental e o bem-estar físico, mas a natureza da conexão não é bem compreendida. Estes resultados sugerem que o exercício promove a saúde mental através da regulação da resposta do hormônio do estresse a estressores", conclui Martikainen. A pesquisa foi publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. |
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