EDUCAÇÃO FÍSICA DO PROFESSOR WILLIAM PEREIRA

Este blog é a continuação de um anterior criado pelo Professor William( http://wilpersilva.blogspot.com/) que contém em seus arquivos uma infinidades de conteúdos que podem ser aproveitados para pesquisa e esta disponível na internet, como também outro Blog o 80 AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA (http://educacaofisica80aulas.blogspot.com/ ) que são conteúdos aplicados pelo Professor no seu cotidiano escolar.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Notícias da Educação Física

Notícias da Educação Física


Higiene é fundamental na hora de treinar

Posted: 02 Apr 2013 03:30 AM PDT


Suou, limpou! Essa é uma das regras básicas de etiqueta nas academias. Carregar uma toalha de treino para não molhar o aparelho com suor é essencial para que o ambiente fique mais higiênico e agradável.

Além disso, na hora do banho depois do treino, é fundamental ter na mochila uma toalha limpa e seca. Porém, alguns alunos esquecem ou não possuem uma toalha de treino, e isso não deve se tornar um problema. As academias devem seguir as normas de higiene estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e oferecer toalhas lavadas, esterilizadas e, de preferência, embaladas em saco plástico individual.

A dermatologia Doris Hexsel, supervisora do Serviço de Dermatologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, orienta aos alunos se certificarem se a toalha está realmente limpa e sem vestígios de uso recente. Segundo ela, esse processo de higienização é importante, já que depois de usada, o tecido da toalha mantém fungos, bactérias e parasitas entre as tramas que favorecem o contágio de doenças como micose e herpes. Portanto, não se esqueça da toalha, e se por acaso esquecer, verifique se a academia cumpre com as normas de higienização.

Aspectos fisiológicos do treinamento de corrida

Posted: 02 Apr 2013 03:15 AM PDT

O aumento significativo ocorre na capacidade para a produção de energia aeróbia e, consequentemente, os carboidratos e gorduras são mais facilmente metabolizados. O exercício aumenta a oxigenação das fibras musculares, portanto, quando estas estão em atividade, o fluxo sanguíneo aumenta. O músculo, quando adaptado ao treinamento aeróbio, utiliza melhor a reserva energética. Um aumento na captação de oxigênio do sangue e alterações no metabolismo energético contribuem para a melhora do desempenho nos treinamentos. As adaptações musculares são induzidas especificamente nos grupos musculares exercitados e são mantidas quando a atividade é contínua. Porém, quando tal fato não ocorre, ela é desativada. Tanto a intensidade, como a duração, são fatores determinantes nas adaptações musculares. Por outro lado, a adaptação do músculo ao exercício é um fator importante na melhoria do desempenho em esportes competitivos. Essas adaptações são salutares também para grupos populacionais que fazem atividade física sem o intuito de competir. Pessoas treinadas X não treinadas - De fato, quando comparamos com indivíduos não treinados, os sinais das fibras musculares treinadas que podem acelerar o metabolismo durante o exercício estão atenuados, portanto, reduzindo a utilização de carboidratos e provavelmente contribuindo para uma economia de glicogênio muscular que é observado em pessoas treinadas. Essas adaptações metabólicas do músculo favorecem o desempenho de indivíduos treinados para provas de resistência. Sabe-se que os músculos são estimulados a se adaptarem ao programa de treinamento, enquanto os não requisitados não se adaptam. Além disso, para um determinado programa, o treinamento deve ser executado por um tempo suficiente, que pode ser de dias ou mesmo semanas, até que as adaptações bioquímicas musculares ocorram. Nem toda a melhoria que ocorre no desempenho devido ao treinamento, deve ser atribuída às adaptações bioquímicas em longo prazo. Por exemplo, mesmo alguns dias após o início do programa de treinamento, pode-se evidenciar uma melhoria no desempenho muscular e no metabolismo. Isso pode ocorrer talvez devido ao fato deste tipo de treinamento causar, inicialmente, uma modificação no controle neuromuscular e/ou cardiovascular, que melhora a utilização das fibras musculares, metabolismo e distribuição do fluxo sanguíneo. Este é um dos exemplos da complexidade das mudanças e da variedade na duração do treinamento que é necessário para que uma determinada adaptação possa ocorrer na fase de transição de uma condição de relativa inatividade, a um estágio de condicionamento físico ótimo. Enquanto as adaptações para o treinamento de resistência são complexas e multifacetadas, as modificações que ocorrem nos músculos ativados são fundamentais e provavelmente garantem as alterações metabólicas e funcionais que dão o suporte para aumentar o desempenho em resistência observado após o treinamento. Torna-se de fundamental importância sempre procurar um especialista na área antes de iniciar os treinamentos. Por Dr. Newton Nunes

Como conseguir o sonhado corpo sarado?

Posted: 01 Apr 2013 09:06 AM PDT


Definição muscular Como conseguir o sonhado corpo

Mas o que é "definição muscular"? Nada mais é do que deixar o contorno dos diversos grupos musculares visíveis, deixando o corpo bem marcado, trincado, sarado.

Muitas pessoas acham que para definir a musculatura basta emagrecer ou morrer de treinar, o que não é bem assim.

É necessário em primeiro lugar ganhar massa muscular para quando reduzir a taxa de gordura corporal, que é o objetivo da definição muscular, se tenha músculos para mostrar.

Os músculos aparecem definidos quando reduzimos o percentual de gordura corporal, isto tem que acontecer porque a musculatura fica abaixo da camada de gordura e assim eles conseguirão ficar visíveis.

Para se conseguir definição muscular de maneira saudável é necessário seguir algumas dicas muito importantes que são:

a) Uma dieta balanceada e saudável devendo alimentar-se várias vezes ao dia, nada de regimes malucos pois é necessário energia para os exercícios que serão realizados;

b) Evite calorias vazias como os açucarados, frituras e álcool, pois nenhum nutriente de qualidade eles fornecem para a construção de um corpo saudável, forte e definido;

c) Não elimine de vez os carboidratos pois são responsáveis por reações bioquímicas envolvidas no metabolismo das gorduras;

d) Faça a ingestão suficiente de proteínas que são as responsáveis por desenvolver e reconstruir os tecidos, principalmente o muscular;

e) Reduza a ingestão de gorduras, pois nosso organismo trabalha mais intensamente queimando carboidratos do que gorduras;

f) Faça uma avaliação física, através dela é possível saber quanto exatamente de gordura é necessário eliminar. Em média para homens o percentual é de 15% a 7% e para mulheres de 18% a 10%, sendo este a taxa aceitável e recomendável quando estão envolvidos com treinamento desportivo;

g) O exercício físico é maior e melhor estímulo para a "queima" de gordura pois aumenta a taxa metabólica em repouso. Isto significa que quando você se exercita seu organismo queima calorias por algumas horas mesmo estando em repouso, tendo como substrato energético a gordura;

h) Por fim a intensidade dos exercícios físicos deve ser levada em consideração pois estudos mostram que quando se exercita aerobicamente deve-se manter os batimentos cardíacos entre 50% a 70% da sua freqüência cardíaca máxima onde o substrato energético é a gordura e se utilizar um percentual mais alto (acima de 75%), terá uma queima inferior de gordura.

Conheça agora algumas modalidades que são ótimas para ajudar você na sua definição muscular:

1) Spinning: aula realizada em cima de uma bicicleta especial nas academias. É como se estivesse participando de uma corrida ao ar livre. Deve ser praticada pelo menos duas vezes na semana onde a prática regular da modalidade oferece resultados após quatro semanas. Em média tem uma queima calórica entre 500 e 700 calorias por hora/aula, sendo basicamente um trabalho aeróbico que ajuda na eliminação de gorduras, fortalecimento dos membros inferiores principalmente e melhora da capacidade cardiorespiratória.

2) Corrida: pode ser praticada tanto ao ar livre como em lugares fechados utilizando assim uma esteira elétrica, é um dos carros chefes em se tratando de queima de calorias. Pode ser realizada em diferentes ritmos e terrenos. Os terrenos irregulares, subidas ou areia fofa exigem muito mais da pessoa que a pratica. Queima em média entre 700 a 800 calorias em uma hora da atividade.

3) Natação: atividade física que pode ser praticada em caráter competitivo ou não sendo um esporte completo pois trabalha o corpo todo. Há quatro estilos para se praticar: nado crawl, peito, costas e borboleta variando a queima calórica de acordo com estilo que se pratica devido ao esforço físico necessário em cada um deles. Em média uma aula com duração de uma hora tem um gasto calórico de 500 calorias.

4) Step: aula onde se utiliza um banquinho com 15 cm de altura para alunos iniciantes. Associa movimentos de sobe e desce juntamente com movimentos de braços, num ritmo estimulado por músicas, sendo uma excelente atividade cardiovascular, fortalecendo os músculos das pernas e dos braços, desenvolve a noção espacial, a coordenação motora, o reflexo e principalmente emagrece. Pode gastar de 300 a 500 calorias dependendo da duração da aula.

5) Jump: aula divertida e relaxante que tem como um dos objetivos principais, além de queimar muitas calorias, a eliminação da celulite. Ela é praticada em cima de um mini trampolim elástico individual, onde não há impacto. Os saltos constantes fortalecem o tecido ósseo combatendo a osteoporose e também ocorre o fortalecimento dos músculos das pernas. Em uma aula com cerca de 45 minutos de duração há uma queima de aproximadamente 500 calorias.

Independentemente da modalidade que escolher, procure sempre academias com profissionais capacitados para que possa receber a orientação correta, somente assim poderá praticar seus exercícios físicos com qualidade e segurança.


Influência da aptidão aeróbia sobre a adiposidade total e de tronco em adolescentes

Posted: 01 Apr 2013 04:25 AM PDT





    A obesidade tem apresentado um grande aumento em sua prevalência nos últimos anos em todo o mundo. Atualmente, estima-se que mais de 115 milhões de pessoas sofram de problemas relacionados à obesidade, nos países em desenvolvimento (WHO, 2004). Somente no Brasil, estudos atuais apontam que 12,4% dos homens e 24,5% das mulheres acima de 15 anos são obesos (WHO, 2010).

    Entre crianças e adolescentes de 10 a 19 anos, a prevalência de sobrepeso aumentou significativamente, sendo que passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09) entre os meninos, e de 7,6% para 19,4% entre as meninas (IBGE 2010).
    Juntamente com aumento de prevalência da obesidade, verificou-se uma diminuição dos níveis de atividade física e aptidão aeróbia além de uma maior incidência de doenças cardiovasculares em toda população (BRASIL, 2004; MONTEIRO, 2000; BOUCHARD, 2000). Por outro lado, estudos internacionais apontam que melhores níveis de aptidão cardiorrespiratória estão relacionados inversamente com o risco cardiovascular, servindo como fator protetor ao aparecimento dessas doenças (TWISK; KEMPER; VAN MECHELEN, 2002; LEFEVRE et al, 2002). Nesse sentido, o objetivo do estudo foi analisar a influência da aptidão aeróbia sobre a adiposidade total e de tronco em adolescentes participantes de um programa multiprofissional de tratamento da obesidade.
Metodologia
População e amostra
    Estudo descritivo transversal composto por uma amostra de 23 adolescentes obesos, de ambos os sexos, que estavam ingressando em um Programa Multiprofissional de Tratamento da Obesidade (PMTO). Os critérios de inclusão para o estudo foram: apresentar idade entre 11 e 18 anos, não apresentarem doenças, lesões ou limitações que impossibilitem a realização de todos os testes e medidas, ser obeso ou apresentar sobrepeso segundo os critérios propostos por Cole et al (2000) e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos pais e responsáveis. Todos os procedimentos utilizados nesta pesquisa seguiram as regulamentações exigidas na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Onde foi aprovado pelo comitê permanente de ética em pesquisa com seres humanos da Universidade Estadual de Maringá (COPEP), conforme o parecer nº 463/2009.
Avaliação antropométrica
    Para a avaliação antropométrica foi utilizado o peso, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), circunferência abdominal (CA), circunferência do quadril (CQ), relação Cintura/Quadril (RCQ) e as pregas cutâneas tricipital, escapular e suprailíca. Sendo que todas essas avaliações foram mensuradas por um único avaliador.
    Para aferição do peso corporal e da estatura foi usado uma balança digital da marca Welmy com 0.05 kg de precisão e capacidade máxima de 300 Kg, e um estadiômetro acoplado a ela com precisão de 0,1 cm. A partir destas medidas foi possível calcular o IMC através da fórmula: Peso/(altura*altura). Para a classificação do IMC (eutrófico, sobrepeso e obesidade) foi utilizado os critérios de Cole et al (2000).
    As medidas de circunferências foram mensuradas por meio de uma fita não-extensiva da marca Wiso de 2 metros de comprimento e com divisões em milímetros. Para isso, utiliza-se o maior perímetro abdominal, entre a última costela e a crista ilíaca para mensurar a CC, já para CA, utilizou-se a cicatriz umbilical e para aferir a circunferência do quadril utilizou-se o nível dos trocânteres femurais. A partir das medidas da cintura e do quadril foi possível calcular o RCQ (Razão Cintura-Quadril): divisão da cintura pelo quadril.
    Para avaliação das pregas cutâneas foi utilizado o compasso da marca Cescorf. O examinador realizou um mínimo de 2 ou 3 mensurações numa ordem de rodízio em cada avaliado, sendo que foi estabelecido o hemicorpo direito para as avaliações. Foram mensuradas: a prega referente ao ponto médio entre a borda súpero-lateral do acrômio e a borda inferior do olecrano, na face posterior do braço (Prega Tricipital); dobra oblíqua ao eixo longitudinal do corpo, seguindo a orientação dos arcos costais, dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula (Prega Subescapular) e a dobra cutânea referente medida três centímetros acima da crista-ilíca na linha axilar anterior (Prega Suprailíaca). O cálculo da porcentagem de gordura foi esse método foi feita por meio das equações abaixo proposto por Slaughter et al., (1988) para crianças e adolescentes.
Avaliação da aptidão aeróbia
    O cálculo de VO2 máx. foi feito por meio dos resultados do teste "suttle run 20m", validado no Brasil por Duarte e Duarte (2001). O teste foi aplicado em grupos de 5 a 8 pessoas, que deveriam percorrer juntas, num ritmo cadenciado pelo programa de computador específico para o teste, uma distância de 20 metros. O programa emite bips, em intervalos específicos de cada estágio, sendo que a cada sinal sonoro o avaliado deve estar cruzando com um dos pés uma das linhas de delimitação dos 20 metros. No software, são sinalizados os finais de cada estágio com dois bips consecutivos, a duração de cada estágio é de 1 minuto e o avaliador comunicava em voz alta o número do estágio concluído. A duração do teste depende da capacidade cardiorrespiratória dos avaliados, acontecendo de maneira progressiva, com uma velocidade inicial de 8,5km/h e aumento de 0,5 km/h em cada estágio, perfazendo um total possível de 21 minutos e uma velocidade de 17,5 km/h. Foi utilizada a fórmula proposta por Guedes e Guedes (1997) para cálculo de VO2 máx.: 31,035 + (Veloc. Estágio x 3,238) – (idade do indivíduo x 3,248) + (idade do indivíduo x velocidade do estágio x 0,1536).
Avaliação da composição corporal
    Para avaliação da composição corporal, foi utilizado pelo bioimpedânciometro multifrequencial da marca In Body, modelo 520. Foram mensuradas a massa e porcentagem de gordura corporal, massa livre de gordura e massa magra.
Análise estatística
    Os dados foram tabulados no software Microsoft Excel 2007 e analisados no pacote estatístico SPSS – versão 13. Foi aplicado teste de Shapiro-Wilk a fim de verificar a normalidade dos dados apresentados. Para a realização dos cálculos estatísticos inferenciais os valores de aptidão cardiorrespiratória foram classificados em dois grupos: não aptos e aptos, adotando o percentil 50 na divisão dos grupos. As diferenças entre os dois grupos foram identificadas pelo teste "t" de Student independente. Ainda foi realizado o teste de correlação de Pearson na verificação de associação entre as variáveis. O nível de significância adotado neste estudo foi de p<0,05.
Resultados e discussão
    Participaram do estudo 23 adolescentes obesos de ambos os sexos, sendo 11 do sexo feminino e 12 do sexo masculino, com idades entre 12 e 17 anos. Das 11 adolescentes, 6 foram classificadas como aptas e 5 como não aptas. Já dos 12 adolescentes, 7 eram aptos e 5 não aptos. A partir desse dado podemos observar que o gênero do participante não interferiu na aptidão variável aptidão aeróbia.
    A tabela 1 apresenta as características antropométricas dos sujeitos estratificado pela aptidão cardiorrespiratória, além do resultado do teste t de Student. Pode-se observar que a altura, a idade e a RCQ não tiveram diferenças significativas, sendo que o grupo dos aptos apresentou valores médios mais altos em comparação aos não aptos. Porém, na RCQ, o grupo não apto apresentou maior medida. Em relação às outras variáveis antropométricas como peso IMC, CC, CA e CQ os grupos apresentaram diferenças significativas.
    No estudo de Ortega et al., (2008), em crianças e adolescentes, também foi observado que uma alta aptidão cardiorrespiratória está inversamente associada à circunferência da cintura. Esse mesmo resultado foi encontrado em estudo com adolescentes em Caxias do Sul, em que elevadas circunferência da cintura e porcentagem de gordura foram associadas com baixa aptidão cardiorrespiratória (VASQUES, 2008).
    A circunferência da cintura elevada pode indicar acúmulo excessivo de gordura na região abdominal, o que eleva o risco do aparecimento de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes mellitus,entre outras disfunções metabólicas (ACSM, 2006).
    Em relação ao IMC, os resultados vão de acordo com os achados de Ronque et al (2010), em que adolescentes do sexo masculino com baixa aptidão cardiorrespiratória apresentam medianas superiores da variável em relação aos que apresentaram alta aptidão cardiorrespiratória.
    Estudo de Janssen et al (2005) com adolescentes obesos verificou que há uma intensa relação entre IMC e relação cintura-quadril com a síndrome metabólica. Adolescentes com IMC acima da faixa recomendada apresentaram maiores níveis de triglicerídeos, pressão arterial, baixos níveis de HDL - colesterol, que são fatores determinantes dessa síndrome. Nesse sentido uma alta aptidão cardiorrespiratória pode servir um fator protetor para desenvolvimento dessas doenças.
    A tabela 2 apresenta as características das dobras cutâneas e percentual de gordura da amostra estratificada pela aptidão cardiorrespiratória. Nesta tabela a média do VO2 máximo foi de 30,99 (± 6,37) kg/ml/min e 22,49 (± 1,43) ml/kg/min, respectivamente no grupo dos aptos e dos não aptos, com diferenças significativas em quase todas as variáveis apresentadas.
    Verificamos que um nível de aptidão cardiorrespiratória elevada parece influenciar na adiposidade central e total dos adolescentes. Estes mesmos achados foram encontradas em estudos de Ross e Katzmarzyk (2003) com indivíduos adultos com idades entre 20 a 50 anos. Assim como, em estudos de Nassis et al (2005), Ronque et al. (2010) e Pinero et al (2009).
    A tabela 3 mostra as características da amostra pela bioimpedância estratifica pela aptidão cardiorrespiratória onde houve diferença significativa entre os grupos apenas na variável porcentagem de gordura pela bioimpedância multifrequencial, com média de 35,91% no grupo apto e 45,82% no grupo não apto. Em relação às variáveis massa livre de gordura (MLG) e massa magra (MM) os grupos não apresentaram diferenças significativas, no entanto podemos observar que nas duas variáveis o grupo apto apresentaram médias superiores.
Figura 1. Gráficos de correlação de Pearson
    A figura 1 são apresentados valores de correlação de VO2 relativo (ml/kg/min) com as variáveis porcentagem de gordura pelas dobras cutâneas, porcentagem de gordura pela bioimpedância, massa livre de gordura (kg) e IMC. No gráfico A podemos verificar que a correlação entre o VO2 e percentual de gordura foi fraca e negativa (r= -0,217). Os valores obtidos foram inferiores aos encontrados por Ronque et al., (2010), que encontrou uma correlação moderada e negativa tanto nos moços (r= -0,480) quanto nas moças (r= -0,472).
    No gráfico B observou-se uma correlação moderada e positiva (r=0,430) das variáveis VO2 e percentual de gordura avaliada pela bioimpedância. Enquanto que no gráfico C foi encontrada uma correlação forte e negativa (r= -0,827) entre variáveis VO2 e Massa Livre de Gordura, avaliadas pelo mesmo método.
    O gráfico D demonstra uma correlação moderada e negativa (r= -0,510) entre as variáveis Índice de Massa Corporal e aptidão cardiorrespiratória. O valor de r encontrado foi superior aos obtidos por outros estudos. Nassis et al (2006), encontrou r de -0,27 correlacionado as mesmas variáveis e Ronque et al (2010) encontrou r= - 0,378 para os rapazes e r= - 0,101 para moças.
    O estudo possui algumas limitações tais como o pequeno tamanho amostral, devido ao número de participantes que estavam no Programa de Tratamento Multiprofissional e o método para avaliação da aptidão aeróbia ser indireto. No entanto, os resultados obtidos no estudo foram de acordo com outros encontrados na literatura e apontam para importância da aptidão cardiorrespiratória como componente fundamental na prevenção de doenças cardiovasculares.
Considerações finais
    A partir do presente estudo pode-se concluir que adolescentes obesos com um nível elevado de aptidão cardiorrespiratória apresentam mel

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